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quinta-feira, 28 de junho de 2012

"Saímos Frustrados."


"Foi um Europeu muito bem conseguido. Não ganhámos porque não tivemos sorte. Temos de nos sentir orgulhosos, mas saímos daqui todos frustrados, pois sentimos que podíamos ter chegado à final", disse Cristiano Ronaldo, que, apesar de Portugal não ter atingido o jogo decisivo, fez um balanço positivo. "Estou satisfeito com o que fiz e com o que fez a Selecção. Merecíamos estar na final. Os penáltis são mesmo assim", sublinhou.




O central Pepe também estava abatido com o desaire diante da Espanha. "Fizemos um grande jogo, trabalhámos muito e tentámos apostar nos nossos pontos fortes. É triste perder nos penáltis", lamentou, sublinhado que os penáltis são "sempre uma lotaria".
"Durante o jogo, estivemos muito bem organizados. Prova disso é que a Espanha não teve praticamente ocasiões de golo. Os portugueses devem orgulhar-se da sua selecção", vincou ainda o defesa luso-brasileiro.


in Correio da Manhã

O insuportável tom de injustiça no adeus maldito

Injustiça. Escreveríamos a palavra da cabeça aos pés da crónica. Injustiça. A maldição das grandes penalidades inquinou o sonho do título português. Foi corrosiva, maliciosa, esmagou a bola de João Moutinho nas mãos de Casillas e a bomba de Bruno Alves no ferro.

É duro, ainda mais duro, o adeus indesejado por duas partes. O Euro2012 merecia mais Portugal, Portugal merecia mais Euro2012. Injustiça.

Lágrimas de comoção, o sal de Portugal a escorrer pela face deste torneio maravilhoso. Chorar, chorar pela consolidação total, pelo sorriso triturado num detalhe, pela infelicidade agora invasora e ingrata.

Como cresceu este Portugal, como foi capaz de bloquear o tiki e anular o taka. Ver o pequeno Moutinho ser Golias, ver um Pepe versão King-Kong a espantar-espanhóis, ver um Portugal mais convincente do que nunca e... perder. Duro.

Recorde o AO MINUTO do Portugal-Espanha

Tudo o que podia ser feito, foi feito. Repressão caótica às forças de todo o mal, campeãs da Europa, conquistadoras do Mundial. E a Seleção Nacional irredutível, até ao fim.

Todo o rumor de perigo, toda a intenção inquisidora facilmente desmontável por um bloco sólido, granítico, competente nas várias questões levantadas por um jogo exigente, árduo, robusto.

Não nos enganemos. Portugal nunca esperou pelas más notícia e jamais se conformou com o pré-aviso de catástrofe. Não. Quis ser igual aos melhores e foi. Os olhos da fortíssima armada espanhola encontraram os da temível nau portuguesa, a circum-navegação enredou-se no mapa do jogo e o conflito revelou-se indefinível.

Podia ter acabado aos 89 minutos num eclodir perfeito. Contra-ataque desenhado com finura, Cristiano Ronaldo a fugir pela esquerda, a ter a baliza de Casillas pronta a entregar-se e a rematar por alto. Que pena Portugal!

A procura absurda, pela frequência desmedida, de confundir Portugal com a troca de bola teve um resultado oposto. Confundiu, isso sim, a Espanha, que só aos 68 minutos fez o primeiro remate enquadrado com a baliza de Rui Patrício.

Os portugueses: um a um

Até essa altura, aliás até ao final dos 90 minutos, é justo dizer que a Seleção Nacional foi superior. A narrativa teve uma louca precipitação de acontecimentos, um rol de tropelias interessantíssimo, mas tudo seria trasladado para o prolongamento e, depois, para as grandes penalidades.

Nessa fase extra, sim. O mostruário de virtudes espanholas vincou a qualidade, o domínio e empurrou Portugal para trás. Rui Patrício ainda fez um pequeno milagre, o nulo prevaleceu e enganou o desejo lusitano um pouco mais.

Até ao assomar insuportável da injustiça, a tal palavra que julgávamos perdida no segundo parágrafo. Mas mesmo no adeus esta Seleção Nacional teve encanto.

in Mais Futebol



terça-feira, 26 de junho de 2012

Paulo Futre defende atribuição da bola de ouro ao CR7

Figura sempre ligada ao futebol português e espanhol, Paulo Futre falou à Radio Nacional de Espanha sobre o embate entre as duas seleções nas meias-finais do Euro-2012. Mas referiu-se também a Cristiano Ronaldo...

«Depois do golo contra a República Checa [nos quartos de final do Euro-2012] têm de dar-lhe a Bola de Ouro. Está a fazer mais do que Messi, desequilibrou a balança do Campeonato da Europa. E se ganhar o Euro será o melhor jogador da história do futebol português», afirmou Futre.

O antigo jogador do At. Madrid, contudo, destacou mais nomes na Seleção: «Pepe é um dos líderes, está muito focado e já canta o hino, que agrada a muita gente. Fábio Coentrão teve de lidar com muita pressão no Real Madrid devido ao seu preço e pelas críticas que recebeu, mas agora estão a ver o grande Coentrão, o do Benfica e da Seleção.»

Posto isto, Futre diz que não há favoritos para o embate da próxima quarta-feira, lembrando: «Portugal vai do menos ao mais e é uma grande Seleção com o melhor jogador do Mundo. No Mundial-2010 o jogo foi muito igual e agora voltará a ser muito equilibrado. Creio que a Espanha terá mais bola, mas Portugal vai criar mais ocasiões de perigo.»


in A Bola

Proença, Webb ou Rizzoli: Possibilidades para a Final do Europeu

Afinal, Pedro Proença ainda pode apitar a final do Campeonato da Europa. A UEFA decidiu manter o árbitro português na competição, sinal da confiança que o organismo detém no juiz lisboeta.

Ainda assim, Proença só poderá sonhar com o último jogo do Europeu se Portugal fosse eliminado da prova.

No entanto, a UEFA também decidiu manter os árbitros Nicola Rizzoli (Itália) e Howard Webb (Inglaterra) de prevenção, pelo que, também eles poderão apitar a final do Euro.

E tendo em conta o cenário atual, o mais previsível será a nomeação de Howard Webb, até porque, do lote de três, é o único que viu o seu país ser afastado da competição. A UEFA terá a palavra.

Seja como for, esta situação é, por si só, inédita e surpreendente, num claro sinal de que Pedro Proença está bem visto entre os mais altos dirigentes da arbitragem europeia. 


in A Bola

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Temos Meia-Final!

Acabada de afastar a Inglaterra, a Itália pode começar a pensar na meia-final frente à Alemanha, em Varsóvia, na quinta-feira, um dia antes de a campeã Espanha defrontar Portugal, em Donetsk.
Depois do emocionante apuramento da Itália, graças a uma vitória frente à Inglaterra, no desempate por grandes penalidades, restam apenas quatro equipas na luta pela Taça Henri Delaunay, a ser erguida no Estádio Olímpico De Kiev, no domingo, dia 1 de Julho.
A campeã Espanha ambiciona ser a primeira equipa a conquistar três grandes torneios de selecções consecutivos, mas terá que ultrapassar Portugal na primeira meia-final, em Donetsk, de modo a manter esse sonho vivo. O vencedor desse jogo vai depois estar atento à acção que decorre em Varsóvia, onde a Alemanha medirá forças com a Itália pelo outro lugar na final.
As meias-finais começam na Donbass Arena, na quarta-feira à noite, com a Espanha, duas vezes vencedora do torneio, na esperança de bater o seu vizinho ibérico – tal como aconteceu nos oitavos-de-final do Campeonato do Mundo de 2010, quando um golo de David Villa, na segunda parte, selou um triunfo por 1-0 para o mais tarde vencedor do torneio. No entanto, Portugal venceu da última vez que as duas equipas se encontraram na prova, com Nuno Gomes a dar uma vitória por 1-0 na fase de grupos a favor do anfitrião do UEFA EURO 2004 e afastando a selecção "roja".
Portugal também levou a melhor da última vez que as equipas se cruzaram, alcançando uma goleada por 4-0 num amigável realizado em Lisboa, em Novembro de 2010. Com Cristiano Ronaldo a atingir o pico de forma e a marcar os golos da sua equipa na vitória sobre a Holanda, por 2-1, e República Checa, por 1-0, nos quartos-de-final, a equipa de Paulo Bento acredita no apuramento. No entanto, a Espanha tem a confiança em alta após a vitória confortável sobre a França, por 2-0, na eliminatória anterior.
Na noite seguinte, a Itália enfrenta a Alemanha pela primeira vez num jogo oficial, desde que os "azzurri" terminaram com o sonho germânico de ganhar o Mundial de 2006, em casa, nas meias-finais. Fabio Grosso e Alessandro Del Piero marcaram, já no prolongamento, na vitória por 2-0 em Dortmund, dez anos depois do último encontro entre ambas num Campeonato da Europa – um empate a zero na fase de grupos, em Old Trafford. Os grandes rivais também disputaram a famosa final do Mundial de 1982, quando a Itália venceu por 3-1, conquistando o seu terceiro e último título mundial, antes de voltarem a festejar, há seis anos.
A actual geração de Joachim Löw está em excelente forma no UEFA EURO 2012, já que é a única equipa que ganhou os quatro jogos realizados até ao momento. Também é a equipa mais concretizadora em prova, depois de ter apontado quatro golos  frente à Grécia, eliminada nos quartos-de-final. Entretanto, a Itália tem estado mais discreta, apesar de ter recebido vários elogios após o empate a um golo com a Espanha e por ter mantido os nervos em Kiev, atingindo as meias-finais.
Meias-finaisQuarta-feira, 27 de Junho de 2012
#29: POR v ESP, 19h45, Donetsk
Quinta-feira, 28 de Junho de 2012
#30: GER v ITA, 19h45, Varsóvia
Final
Domingo, 1 de Julho de 2012
#31: W#29 v W#30, 19h45, Kiev

in UEFA.com

quinta-feira, 21 de junho de 2012

"Iniesta joga bem até na baliza." diz Zidane

 O francês Zinedine Zidane teceu rasgados elogios à seleção espanhola e destacou um nome: Iniesta.

«Iniesta tem uma influência enorme no jogo de toda a equipa. Por exemplo, no último jogo da Espanha [n.d.r. frente à Croácia], esteve tranquilo, não se deu muito por ele, mas quando começou a jogar foi difícil pará-lo. E a Espanha joga bem porque tem demasiados bons jogadores mas Iniesta é um caso à parte. Poderia jogar até como guarda-redes», elogiou o antigo jogador do Real Madrid ao diário Marca.

O jogo entre espanhóis e gauleses, relativo aos quartos-de-final do Euro 2012, está agendado para este sábado.


in A Bola

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Suécia já eliminada termina com chave de ouro

Um momento «Ibracadabra» a espalhar ironias.





















«Ibracadabra». A Suécia despediu-se do Euro2012 com um momento mágico da sua estrela maior e com uma vitória que atirou a França para o segundo lugar do Grupo D, e consequentemente para o caminho da Espanha.

Com o apuramento praticamente garantido, a seleção orientada por Laurent Blanc fez uma exibição cinzenta e acabou por permitir que a Inglaterra vencesse o grupo, dada a vitória sobre a Ucrânia (1-0). Pedro Proença arrancou mais uma nota positiva em Kiev.

Ironia das ironias, a Suécia regressa a casa mais cedo, mas com uma vitória moralizadora. A França segue para os quartos de final, mas com uma derrota que pode ser bem pesada: não só pelo efeito psicológico, já que interrompe um ciclo de 23 jogos sem perder, mas também por defrontar agora os campeões europeus e mundiais.

Disposta a sair de prova de cabeça erguida, a Suécia entrou bem no jogo, aproveitando também a displicência da defesa gaulesa. Toivonen (3m) e Larsson (5m) cabecearam sem oposição na área, mas o primeiro falhou o alvo e o segundo atirou à figura de Lloris. O guarda-redes francês viu-se ultrapassado por Toivonen aos 11 minutos, mas já de ângulo reduzido o avançado sueco acertou na zona exterior do poste.

Por esta altura a França só tinha criado uma ocasião de perigo, com Ribery a testar a atenção de Isaksson. Só depois é que a seleção gaulesa conseguiu controlar o jogo e aproximar-se mais da baliza sueca, mas insistindo demasiado nos remates de longe. Benzema voltou a andar longe da área, ainda que a trabalhar bem, e notou-se também a ausência de Cabaye, um médio que aparece bem em zona de finalização, mas que desta vez ficou no banco (jogou MVila). Ben Arfa, a outra novidade no «onze» francês (no lugar de Ménez) foi quem criou mais perigo, mas ainda assim com um remate que saiu por cima (35m).

Ao tento inglês reagiu...a Suécia

Com a notícia do golo de Rooney em Donetsk, logo no início da segunda parte, esperava-se uma reação da França. O primeiro lugar do grupo estava em causa, mas quem se chegou à frente foi a Suécia. Um momento mágico de Zlatan Ibrahimovic inaugurou o marcador aos 54 minutos. O avançado parou no ar, durante alguns instantes, e fez parar também o tempo. Com um pontapé acrobático, de primeira, respondeu ao cruzamento de Larsson com um grande golo.

A França ficou sem reação, e nos minutos seguintes valeu-se de Lloris, a negar golos a Wilhelmsson e Mellberg. Quando reconquistou o domínio territorial do jogo, a França recuperou também as dificuldades para entrar na área. Os pontapés de longe voltaram a ser uma solução fracassada.

Só na parte final do jogo é que a França incomodou verdadeiramente Isaksson, graças a dois jogadores saídos do banco. O guarda-redes sueco teve de defender com o pé um remate de Ménez, e pouco depois viu Giroud falhar o alvo por pouco, na primeira vez em que tocou na bola.

Já em tempo de descontos apareceu o segundo golo sueco, a confirmar uma despedida em festa. Holmen atirou à barra após cruzamento de Wilhelmsson (dois jogadores saídos do banco, também), mas Larsson, na recarga, marcou mesmo.

Inglaterra vence perante uma Ucrânia dominadora

A Ucrânia teve mais posse de bola, atacou mais, mas foi a Inglaterra que marcou e seguiu em frente.
Nem Inglaterra, nem Ucrânia tinham o apuramento garantido, mas partiam em situações diferentes e isso notou-se na forma de jogar. Mais cautelosa, a Inglaterra precisava apenas de um empate para passar e até podia perder com a Ucrânia, desde que a França também perdesse por mais um golo. Já os ucranianos precisavam de ganhar e mesmo assim dependiam do resultado da França para se apurarem e por isso entraram em campo com predisposição atacante.

Veja o golo que deu a vitória a Inglaterra

Do lado inglês, Roy Hodgson fez apenas uma alteração em relação ao onze do jogo passado. Rooney já cumpriu os dois jogos de castigo e entrou para o lugar de Carrol. Na Ucrânia, Shevchenko, Voronin Mikhalik e Nazarenko ficaram no banco para a entrada de de Rakitskiy, Garmash e Devic.

Veja a ficha do jogo

Na primeira parte, a Ucrânia fez mais remates, teve maior posse de bola, e conseguiu as maiores situações de perigo. Por várias vezes Konoplyanka e Milevskiy ameaçaram a baliza de Hart, com os remates a saírem ao lado ou por cima. Aos 18 miuntos, Konoplyanka pela esquerda a conseguir chegar junto à área, a fazer o remate forte, mas a bola a bater no peito de John Terry, e mais uma vez a não entrar na baliza inglesa. Aos 31 minutos, Yarmolenko a receber a bola na área, a tirar o defesa do caminho e a fazer o remate para a defesa de Hart.

A Inglaterra teve apenas um lance de perigo na primeira parte. Foi aos 28 minutos. Ashley Young pela esquerda a colocar em Rooney que junto à baliza, mas a não conseguir cabecear para golo. Aliás, o avançado inglês não esteve muito feliz neste jogo. Muitas vezes não conseguiu o entendimento com os colegas de equipa, mas acabou por ser o autor do único golo da partida. Foi aos 48 minutos. Gerrard marcou o canto, a bola a fez um ressalto que enganou o guarda-redes Pyatov, e Ronney ao segundo poste só precisou de cabecear para dentro.

Com o golo a Inglaterra ficou mais mexida, começou a chegar mais vezes à baliza ucraniana. Já a Ucrânia tinha mais dificuldade em manter o ímpeto atacante da primeira parte. Mas aos 62 minutos, a Ucrânia consegui mesmo marcar, só que o árbitro não assinalou. Devic recebe a bola em fora de jogo, que não foi assinalado, conseguiu passar pelo guarda-redes inglês e a bola entrou mesmo na baliza antes de ser retirada por um defesa. Esteve mal o árbitro ao não assinalar o fora de jogo, nem validar o golo.

A Inglaterra continuou a atacar. Aos 69 minutos Ashley Cole teve nos pés o 2-0, mas Pyatov defendeu. Nova defesa do guarda-redes ucraniano poucos minutos depois na sequência de um canto marcado por Gerrard.

A 20 minutos do fim Oleh Blokhin tirou Shevchenko do banco. Mas o autor dos únicos golos ucranianos neste Europeu de Futebol não conseguiu repetir a exibição que fez contra a Suécia e a Ucrânia acabou mesmo por ser afastada do Euro2012.

in Mais Futebol

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Opinião do "Táctica Ofensiva": E Estamos nos Quartos-de-Final

Finalmente tivemos o que queriamos ver. Foi preciso insistência e contestação do povo para ver a selecção fazer o que fez frente à Holanda. Foi notório que o jogo anterior frente à Dinamarca teve impacto em Cristiano Ronaldo, pois a sua exibição de ontem foi completamente contrária. Também de realçar, como costume, a prestação de Fábio Coentrão que, na opinião do Táctica Ofensiva, tem sido o jogador com melhor rendimento na selecção durante o Euro 2012. Assim gostamos de ver jogar a nossa selecção, com a garra a que fomos habituados desde sempre. Agora iremos defrontar a Rép. Checa, já sonhando com as meias finais mas será necessário humildade e muita calma, visto não se tratar de um adversário fácil. Será a oportunidade de Portugal vingar a eliminação do Euro 96 por termos sofrido um golo de Poborsky.

FORÇA PORTUGAL

Portugal derruba Holandeses por 2-1

Cristiano Ronaldo, guardador de sonhos e almas
A Bola de Ouro, as chaves para o Paraíso, sete virgens. Ofereça-se a Cristiano Ronaldo o que o homem desejar. Genial, diabólico, português! Dois golos soberbos, assistências deslumbrantes, comprometimento budista com a causa maior. Portugal está nos quartos-de-final do Euro2012 e tem o melhor jogador do torneio na linha da frente.

Cristiano Ronaldo, senhores. Tão criticado há quatro dias, venerado nesta crónica. A reação às palavras duras foi perfeita, exemplar. Não só pelos golos, insistimos, mas pela nobreza de virtudes e intenções colocada nos 90 minutos do jogo.

Frio, assassino, ao disparar o passe sublime de João Pereira no primeiro golo; tranquilo, genial, ao segurar a bola vinda de Nani, a saudar o pobre Stekelenburg e a acometer a nação laranja de um desmaio coletivo sem precedentes no segundo. Ronaldo chegou atrasado ao Euro2012 e com vontade de compensar todo o inconveniente causado pelo atraso.

Uma história bonita, uma narrativa heroica escrita pelo punho de Paulo Bento e companhia.

Nem é bom lembrar o sofrimento imposto pela Holanda nos primeiros 15 minutos; diabo leve para terras de ninguém o golo madrugador de Van der Vaart e abençoe as duas oportunidades falhadas pelos orange boys no final.

Venha daí a Rep. Checa, algoz inclemente no Euro-96.

FICHA DE JOGO E AO MINUTO

Ronaldo, já se percebeu, foi brilhante. Sim, totalmente. E o que escrever do enorme João Moutinho, do insustentável Nani, dos graníticos Pepe e Bruno Alves? O conjunto nacional foi mais equipa do que nunca, teve altruísmo, dignidade, ambição.

O período seguinte ao golo holandês é, por exemplo, um massacre. Antes de Ronaldo empatar, a Seleção Nacional falhou uma, duas, três vezes oportunidades mais do que claras. Tudo corrigido a tempo, tudo metido num canto escuro deste texto, para disso nos olvidarmos.

Não há passado que torture, memória seletiva que apunhale, registo histórico que nos estremeça. Portugal só tem de se preocupar em amar o presente, dele fazer parceiro até ao limite.

Tão ao limite como a existência alienada de Keith Richards, tão ao limite como a carreira dos seus Stones. Um presente com futuro assegurado, pois.

Um a um: a análise aos portugueses

Desde cedo se percebeu que a Holanda ousava ser gigante e esquecia o barro que calçava nos pés. A qualidade de Van Persie, Van der Vaart, Sneijder e Robben não ecoava na defesa.

Os banais Mathijsen e Vlaar nunca lidaram com o tempo e o espaço circundantes, os imaturos Van der Wiel e Willems soçobravam numa fragilidade comovente diante da dimensão plena de Cristiano Ronaldo e Nani.

Adivinhava-se um Portugal demolidor, um Portugal ganhador. A defesa funcionava, o meio-campo servia os intentos do conjunto e Hélder Postiga jogava como complemento às diatribes dos colegas de setor.

Vários contra-ataques viperinos, deambulações extraordinárias e um guarda-redes laranja a adiar até ao impossível aquilo que se anunciava em pompa e circunstância.

Até Cristiano Ronaldo se lembrar que o presente não é para adiar, é para usufruir. I can't get no Satisfaction. Queremos mais!

Entreguem-lhe o Céu e a eternidade. Ronaldo é nosso, o Euro2012 pode ser dele.

Leia também:

A análise individual aos holandeses
in Mais Futebol

Alemanha elimina Dinamarca

Gestão alemã para o pleno e uma Dinamarca sem capacidade para contrariar o adeus.


Mesmo a gerir o esforço e os riscos (que eram poucos), a Alemanha conseguiu o pleno de vitórias no Grupo B do Euro2012. Um golo de Lars Bender, a novidade no onze germânico, derrotou uma Dinamarca que fez pouco para estar nos quartos de final.

As poucas oportunidades criadas pela seleção de Morten Olsen surgiram de bola parada. Mesmo com uma postura relaxada durante grande parte do jogo, a seleção alemã conseguiu superiorizar-se e marcou encontro com a Grécia.

Alimentar a esperança de bola parada

As contas alemãs eram as mais fáceis, à partida para esta última jornada, mas ainda assim a equipa de Joachim Löw assumiu o domínio do jogo logo na fase inicial. A «Mannschaft» até podia ter chegado bem cedo à vantagem, não fosse o duplo desperdício de Müller. Com o número 13 nas costas, o avançado apareceu duas vezes em excelente posição ao segundo poste, após cruzamentos da esquerda, mas primeiro atirou por cima (3m) e depois permitiu a defesa do guarda-redes (6m).

Infeliz na finalização, Müller esteve bem melhor a «fabricar» o golo de Podolski, aos dezanove minutos. Na sequência de um lançamento lateral, o jogador do Bayern segurou bem a bola na área, de costas para a baliza, e depois encontrou espaço para o cruzamento rasteiro. Gomez não conseguiu o desvio, mas logo atrás apareceu Podolski, a comemorar a 100ª internacionalização.

A Dinamarca respondeu apenas cinco minutos depois, de bola parada, repetindo um canto que já tinha experimentado na fase inicial da partida. A bola foi colocada em «balão» ao segundo poste, à procura da altura de Bendtner, e este amorteceu para a confusão, onde apareceu Krohn-Deli a finalizar.

A equipa de Morten Olsen deixou então a sensação de querer mandar no jogo, mas sem grande capacidade para o conseguir em ataque organizado. Mesmo que entretanto tenha chegado a notícia do golo do empate de Portugal, frente à Holanda, que voltava a afastar a Dinamarca dos quartos de final.

A Alemanha voltou a estar perto do golo nos instantes finais da primeira parte, mas revelando alguma displicência na finalização. Gomez e Khedira desperdiçaram boas ocasiões, antes do descanso.

No duelo das novidades foi Bender a decidir

A etapa complementar começou praticamente com um remate de Jakob Poulsen ao poste, naquela que foi a única jogada de perigo que a Dinamarca construiu de bola corrida, protagonizada pelo médio promovido à titularidade por Morten Olsen. Pouco, para quem lutava pelo apuramento até ao último minuto.

Após este lance ambas as equipas adotaram uma postura mais passiva, à espera de mais notícias de Kharkiv. Foi já depois de consumada a reviravolta de Portugal, no outro jogo, que a Alemanha conseguiu também o golo da vitória. Lars Bender, a única novidade no «onze» de Joachim Löw, foi ao ataque garantir a terceira vitória alemã.

Pouco antes ficou por marcar uma grande penalidade a favor da Dinamarca, por puxão de Badstuber a Bendtner, mas a verdade é que a Dinamarca fez pouco para estar nos quartos de final.

in MaisFutebol

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Espanha goleia Irlanda por 4

Espanhóis ganham no relvado, irlandeses goleiam nas bancadas. Foi lindo e valeu a pena.

A Espanha estreou-se a ganhar no Euro 2012: mas fez mais do que isso, apresentou-se em todo o seu esplendor. Depois de um primeiro jogo mais cinzento do que o habitual, no qual a Itália soube neutralizar boa parte do encanto espanhol (como o empate traduz, aliás), a Espanha entrou no Euro.

Chegou, disse boa tarde, como gente bem educada que é, e começou a jogar futebol: a trocar a bola, a subir no terreno em progressão curta, a provocar constantes jogadas na área adversária e a ameçar construir uma goleada. Enfim, mostrou-se como é: a principal candidata ao título europeu, claro.

VEJA AQUI OS GOLOS DO JOGO

Pedro Proença teve por isso um jogo tranquilo e a muito frágil Irlanda tornou-se ainda mais frágil. Fez, por exemplo, o primeiro remate do jogo na segunda parte: Robbie Keane obrigou Casillas a boa defesa. De resto, foi ela própria: correu, lutou, quis fazer boa figura, mas nunca foi real oposição.

A formação de Trapattoni voltou a perder, tal como tinha feito com a Croácia, voltou aliás a sofrer quatro golos, já leva oito em dois jogos e por isso está naturalmente eliminada. Sobra-lhe mais um jogo, na última jornada, com a Itália. Ela que foi de uma fragilidade verdadeiramente atroz.

Confira a ficha de jogo

Tal como tinha feito com a Croácia, entrou no jogo a perder. Logo no primeiro remate, Torres colocou a Espanha a ganhar. Ele que ganhou a bola perante um muito lento Dunne para finalizar com um remate forte. A partir daí os jogadores irlandeses sentiram-se vir abaixo. Só deu Espanha.

Fernando Torres ficou muito perto, logo a seguir, de fazer o segundo, Iniesta obrigou Shay Given a grande defesa, Xabi Alonso atirou ligeiramente por cima da barra, Xavi e Arbeloa fizeram brilhar outra vez o guarda-redes. Shay Given foi aliás o melhor da Irlanda e evitou uma goleada bem pior.

Veja como vivemos o jogo

A primeira parte chegava por isso ao fim com uma vantagem mínima que escondia a enxurrada de futebol espanhol. Sempre, lá está, através daquele jogo de posse de bola, de recebe e toca, foge à marcação, volta a receber no espaço vazio e vive feliz assim, em toda a largura do terreno de jogo.

A segunda parte trouxe mais do mesmo: a Espanha entrou a marcar, num grande golo de David Silva que colocou a bola por debaixo das pernas de um adversário bem junto ao poste, e Shay Given continuou a brilhar, ele que parou remates de Arbeloa e sobretudo Xavi: se calhar a defesa do Euro!

CONFIRA AS CONTAS DO GRUPO C

A Irlanda tentava sair da defesa, importunar Casillas, estender enfim o jogo no terreno, mas dois cruzamentos mal medidos e o tal remate de Robbie Keane de que já se falou foi o melhor que conseguiu fazer. A Espanha, essa, fazia entrar Javi Martinez, Carzola e Fabregas e não baixava o ritmo.

Outra vez Torres, após passe de David Silva, e o recém entrado Fabregas, também a passe de David Silva (duas assistências e um golo), concretizaram a goleada que reflete o massacre a que se assistiu em Gdansk. Um massacre que diz tudo sobre a Espanha. Mas não diz tudo sobre o jogo.

Falta falar de algo incomparável: o adepto irlandês. O Maisfutebol já o tinha elogiado na estreia, mas não chega: são qualquer coisa de excecional. Mesmo sendo atropelados e goleados, nunca deixaram de cantar, fazer a festa e sorrir. Vivem o futebol com ele deve ser vivido: como um jogo.

A Irlanda pode ser goleada no relvado, mas ela é que goleia nas bancadas.

in Mais Futebol

 

Itália e Croácia: Um ponto a premiar a arte mútua

 Nível altíssimo, futebol luminoso, estilo Renascentista. Nada mais justo do que o empate para Itália e Croácia, duas seleções com prazer pelo futebol de ambição e conquista.

Este Grupo C, que ainda inclui Espanha e Irlanda, tem tudo para ser decidido em pormenores. Os golos marcados à seleção de Giovanni Trapattoni podem fazer toda a diferença.

Perdoem-nos o cliché, mas este foi um jogo de duas partes radicalmente distintas. Na primeira, o arquiteto Pirlo assumiu a condução da partida, engendrou linhas de passes perfeitas e abriu o marcador na transformação perfeita de um livre direto.

Numa defesa de três homens (Bonucci, De Rossi e Chielini), a Itália optou por povoar o meio-campo e desmembrar a partir dessa zona do terreno a filosofia romântica dos croatas.

Luka Modric não teve bola, Rakitic foi isolado por segurança, Mandzukic e Jelavic não apareceram uma única vez.

FICHA DE JOGO E NOTAS

Balotelli e Marchisio tiveram o golo nos pés, Stipe Pletikosa fez duas defesas milagrosas e a diferença mínima permitia manter a Croácia dentro da discussão do jogo. Assim foi.

A segunda parte extremamente conseguida dos balcânicos, numa atitude de rock n¿roll tanto ao gosto de Slaven Bilic, rendeu justos encómios e proveitos assinaláveis.

Nos últimos 15 minutos, aliás, já depois do poderoso Mandzukic ter aproveitado um lapso de Chielini para empatar, a Croácia até esteve muito mais perto de chegar ao triunfo.

A Figura e a Revelação: Pirlo e Modric

O ascendente mudou de lado, a perfídia vestiu-se de croata, Cassano e companhia desapareceram por completo do jogo. O experiente Antonio Di Natale não foi capaz de dar à equipa o que dera diante da Espanha e a última imagem, a que perdura, é a de uma Itália em sofrimento e a de uma Croácia sorridente e disposta a mais minutos de competição.

Se a Espanha derrotar a Rep. Irlanda, como é sua obrigação, a última jornada será explosiva. Os croatas precisarão, pelo menos, de um empate contra a La Furia Roja e a squadra azzurra tem de fazer muitos golos à seleção do velho Trap.

Nota de rodapé: a qualidade futebolística mantém-se muito alta. Há futebol do bom na Polónia e na Ucrânia.

in Mais Futebol

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Novos Equipamentos

  • FC Porto
A revelação é de um blogue francês, que divulgou imagens do (suposto) primeiro e segundo equipamento do FC Porto, confirmando-se que a camisola alternativa é de cor roxa, repetindo o que sucedeu em 2003/04, ano em que os dragões venceram a Liga dos Campeões.

O FC Porto apresentará a versão 2012/13 dos seus equipamentos numa cerimónia antes do jogo de apresentação do plantel, como habitualmente.











  • Benfica
Já circulam na internet os supostos novos equipamentos do Benfica para a próxima época, com destaque para o regresso à camisola preta no traje secundário.

É o regresso do preto à camisola alternativa “encarnada”, tal como no ano do último título (2009/10), apesar de, nesta época, as duas riscas diagonais serem substituídas por uma única faixa vermelha ao nível do peito.

Na camisola principal, são poucas as alterações relativamente à última época. Nota igualmente para o regresso às três estrelas por cima do símbolo e também para a gola, que não existia no equipamento anterior.





in Login.Live


quarta-feira, 13 de junho de 2012

Alemães em força sobre a Holanda


Mário Gomez decide outra vez o jogo a favor dos germânicos: apontou os três golos da seleção de Joachim Low neste Europeu. Portugal salta para o segundo lugar.

A Alemanha aproveitou a chegada atrasada da Holanda ao jogo para construir uma vitória justa, adequada e que chegou a ameaçar terminar em goleada. A formação de Joachin Low dominou por completo a primeira parte, fez dois golos e teve oportunidades para marcar mais dois ou três.

A Holanda era por esta altura uma caricatura da candidata ao título. Tinha mais bola, é certo que sim, mas todas as inteções ofensivas morriam prematuramente. Sem capacidade de explorar as alas, por exemplo, tentava entrar em combinações pelo centro que não chegavam à zona de finalização.

VEJA AQUI OS GOLOS DO JOGO

Manuel Neuer só teve de se aplicar uma vez, logo aos seis minutos: no primeiro remate do jogo, Sneijder isolou Van Persie que rematou para defesa do guarda-redes alemão. A partir daí só deu Alemanha: Ozil obrigou Stekelenburg a grande defesa e Gomez abriu o marcador aos 23 minutos.

Foi um excelente movimento dos germânicos, que começou num grande passe de Schweinsteiger a isolar Mario Gomez, o avançado dominou com uma rotação perfeita e finalizou na cara do guarda-redes. O golo fez tremer ainda mais a insegura Holanda e acentuou a superioridade da Alemanha.

Confira a Ficha do jogo

Mario Gomez, por exemplo, chegou por pouco atrasado para o desvio após cruzamento de Muller e Badstuber falhou uma oportunidade clara depois de um buraco encandaloso da defesa holandesa na sequência de um canto. Ameaçava-se o segundo golo que surgiu logo a seguir: outra vez Gomez.

O avançado voltou a receber de Schweinsteiger e finalizou num remate cruzado fortíssimo, que deixou Stekelenburg sem hipóteses. No final Gomez voltou a ser o homem do jogo, ele que já lidera a lista de melhores marcadores com três golos, todos os três golos que a Alemanha fez neste Euro.

Antes do intervalo um livre de Schweinsteiger ainda obrigou Stekelenburg a boa defesa, pelo que o resultado ao intervalo só pecava por escasso. Bert van Marwijk tinha de fazer alguma coisa e colocou Van der Vaart e Huntelaar logo no regresso: saíram Van Bommel e o inexistente Afellay.

Recorde como vivemos o jogo

A Holanda tornava-se mais ofensiva, colocando Van der Vaart na organização, encostando Sneijder à esquerda e juntando Huntelaar e Van Persie na frente. Boas intenções que pouco acrescentaram de início: Hummels, por exemplo, correu metros e disparou forte, Stekelenburg agarrou a dois tempos.

O jogo mudou apenas na última meia-hora: Robben recebeu um cruzamento a meia altura para disparar forte, de primeira, para grande defesa de Neuer e a Holanda acordou finalmente para o jogo. À posse de bola somou-lhe capacidade de remate, pelo que encostou a Alemanha às cordas.

Todos os jogos e resultados do Grupo b

Sneijder rematou fortíssimo a centrímetros do poste, Robben dominou bem de peito mas rematou ao lado e Van Persie, por fim, diminuiu a desvantagem: assistência de Robben e o avançado a rematar colocado para o fundo da baliza. Faltava um golo para o empate e a Holanda insistia no ataque.

Até ao fim, porém, o jogo não mudou e a seleção de Van Marwijk somou a segunda derrota em dois jogos. No domingo defronta Portugal, que com este resultado fica em segundo lugar do Grupo B. Precisamos de ganhar, sendo que nesta fase as contas estão todas embrulhadas: a Holanda ainda pode apurar-se, Portugal pode passar ganhando... ou perdendo.

TODAS AS CONTAS DE APURAMENTO NO GRUPO B

in Mais Futebol

Tugas conseguem vitória sofrida


Demónios vikings exorcizados pelo pé de Varela.


Silvestre Varela! Saltou do banco perto fim, resgatou a alma lusitana das cinzas depressivas, fez o golo, o abençoado golo. Minuto 86, o suspiro aliviado de toda uma nação, dez milhões de corações a bater no peito do pé direito do extremo. Portugal está na luta. 

O fatalismo já andava de braço dado com o drama. Preparavam-se para uma visita de surpresa. Varela não deixou e decepou em tempo útil a crença e a paixão vikings. O que Portugal sofreu sem necessidade, o que Portugal adiou por temer a felicidade definitiva. 

No instante em que Cristiano Ronaldo, pela segunda vez no jogo, falhou completamente isolado o golo, percebeu-se que nada de bom viria a caminho. Quase a seguir, o intrépido Nicklas Bendtner, homem viciado nos golos a Portugal, fez o 2-2 e reavivou pesadelos sem sentido. 

Faltava entrar Varela, faltava soltar o veneno que este Portugal tem e evita usar. Há muitas questões a responder, mais pormenores a solucionar mas, para já, o essencial está conquistado: Portugal jogará uma espécie de oitavos-de-final diante da Holanda. 

FICHA DE JOGO E AO MINUTO

A indefinição corrói esta equipa. Consome o otimismo, a obra feita, enferruja o ensinamento. Não há lógica na queda abrupta após o 2-0, não há sentido no adiar da tranquilidade. Até aos 36 minutos tudo morava na perfeição. 

Pepe fizera de cabeça o primeiro, Hélder Postiga silenciara num pontapé soberbo os clubes de críticos que o perseguem há anos. Portugal domava com uma facilidade assinalável a Dinamarca. Vikings? Só se fossem Vicky e respetiva tripulação, os mais amistosos dos desenhos animados. 

E, depois, lá está, a indefinição do que se pretende fazer e a condução ao erro. Pretende-se que Portugal conjugue o futebol apoiado e o jogo direto, que acaricie e golpeie ao mesmo tempo, que incorpore duas personalidades no mesmo cérebro. Confusão, bipolaridade, erro.

Num lapso defensivo sobre a esquerda, Jakob Poulsen cruzou, Krohn-Dehli surgiu nas costas de toda a defesa, o maldito Nicklas Bendtner encostou a testa à bola e reintroduziu a dúvida no jogo. 

Os portugueses, um a um

Paulo Bento tem de definir muito bem o que pretende de Cristiano Ronaldo. Tem de definir se o melhor jogador do mundo deve cumprir desígnios táticos, apoios ao lateral, compensações e afins. Sob pena de desequilibrar a equipa e quebrar um bloco que pode ser sólido. 

Não foi uma ou duas vezes, foram uma mão-cheia as subidas de Lars Jacobsen pelo corredor direito. Livre, solto, a cruzar para um golo, a assistir para outro e a deixar Fábio Coentrão completamente à sua mercê. 

Esta anarquia posicional, no processo defensivo, é tão ou mais grave do que os dois golos falhados clamorosamente. Somado tudo isto ao habitual estoicismo nórdico, a Dinamarca chegou a uma igualdade que jamais fez por merecer. 

Portugal foi sempre melhor e também incapaz de fechar a discussão da peleja mais cedo. Isto é grave. Ao invés de ser decisivo, o grande Ronaldo está a confundir a mecanização do conjunto. 

Se a seleção não ganhasse este jogo, as palavras teriam de ser ainda mais duras. O triunfo, heróico, pacifica, mas a mesa de conversações não deve ser arrumada a um canto. 

A análise aos vikings

in Mais Futebol

terça-feira, 12 de junho de 2012

Ucrânia vence Suécia

A Ucrânia venceu hoje a Suécia 2-1, em jogo da  primeira jornada do Grupo D do Campeonato da Europa de futebol, disputado  em Kiev. 

 Ibrahimovic (52 minutos) inaugurou o marcador num desvio oportuno, mas  o "herói" Shevchenko (55 e 62) operou a reviravolta, com dois golos em antecipação  e de cabeça. 

Na abertura do grupo, França e Inglaterra empataram 1-1 em Donetsk,  com golos de Joleon Lescott (30), para a Inglaterra, e de Samir Nasri (39),  para os gauleses, pelo que a Ucrânia termina a ronda isolada na liderança.

in Sic Notícias

Inglaterra e França empatam (1-1)

Depois de uma vitória da equipa francesa por 2-1 no Euro’2004, a selecção inglesa entrou esta tarde em campo disposta a “vingar” o desaire ocorrido em Portugal, mesmo não podendo contar com a sua maior estrela na frente de ataque: o rapidíssimo e imprevisível Wayne Rooney.
A formação orientada por Roy Hogdon atirou com o “caso Terry” para trás das costas e iniciou a partida ao ataque, com força e muita raça, surpreendendo os franceses que não esperavam uma entrada tão forte.
A França demorou algum tempo a acertar as marcações, o que deu alento à equipa inglesa, que nos primeiros minutos chegou com relativo perigo à baliza defendida pelo guardião Hugo Lloris.
A partir dos 20 minutos, o equilíbrio era a nota dominante, mas a formação orientada por Laurent Blanc dava sinais de querer melhorar e também ela chegar com perigo às redes adversárias.
No entanto, como o futebol é um jogo imprevisível, a Inglaterra chega ao golo no melhor momento da França (aos 30 minutos), através de um cabeceamento fantástico de Lescott, que aproveitou da melhor maneira o cruzamento perfeito de Steven Gerrard, na marcação de um livre directo, a castigar uma falta (quanto a nós inexistente) de Patrice Evra sobre Milner.
A reacção da França demorou apenas 9 minutos a ter efeitos práticos, já que Samir Nasri marcou o golo do empate à passagem do 39º minuto, depois duma fabulosa assistência de Franck Ribery, que teve grande liberdade de movimentos na grande área contrária.
Ainda antes do intervalo, Diarra tentou colocar a França em vantagem, com um grande remate do meio da rua, mas o guardião Joe Hart opôs-se muito bem ao estrondoso pontapé do jogador francês.
Com uma igualdade no marcador, os dois treinadores optaram por não mexer nos “onze” das duas equipas e, por isso, a segunda metade foi mais do mesmo, velocidade supersónica, remates espectaculares, defesas espantosas e grande emoção, mas só durante os primeiros 5 minutos.
Depois, o “gás” acabou, as equipas começaram a jogar a duas velocidades (devagarinho e parado), as oportunidade de golo escassearam e o jogo tornou-se enfadonho, não surpreendendo o facto de algumas pessoas estarem na bancada, literalmente, a dormir.
A França ainda tentou dar uma “pedrada no charco”, mas a única coisa que conseguiu até ao final da partida, foi um par de remates fracos de Karim Benzema, que esteve bem longe das exibições protagonizadas esta época ao serviço do Real Madrid.
A partida termina com uma igualdade que pode complicar as contas das duas selecções para o resto que falta do Grupo D, onde Suécia e Ucrânia estão à espreita de qualquer deslize dos dois principais candidatos à passagem aos Quartos-de-Final da competição.

in MultiDesportos

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Croácia esmaga Rep.Irlanda

O triunfo do talento sobre o coração.

O futebol encantador da Croácia esmagou de uma só vez a alma e o coração irlandeses. No mais desequilibrado dos jogos do Europeu, os homens do rocker Slaven Bilic não deram hipóteses e triunfaram por 3-1.Mario Mandzukic bisou e foi a revelação do jogo.

É com alguma pena que o escrevemos: os genes do futebol não foram justos com os irlandeses. Este país tem adeptos fantásticos e uma paixão inacreditável, mas falta-lhe um ingrediente indispensável: o talento natural.

Por mais que o truculento Richard Dunne e o esforçado John O¿Shea tentem, jamais terão capacidade para bloquear um carrossel feito de imaginação e eloquência, como este da Croácia. A Itália e a Espanha que se acautelem, pois esta seleção tem talento a brotar por todos os poros.

FICHA DE JOGO E AO MINUTO

Na orquestração, o maestro Luka Modric. Toca, recebe, dribla, desmarca, numa relação obsessiva com a bola e o jogo; na direita Ivan Rakitic, na esquerda Ivan Perisic e mais atrás, a sustentar toda esta criatividade, o incansável Ognjen Vukojevic.

A Croácia privilegia o passe curto, a constante troca de posições, a colocação da bola nos pés de um dos pontas-de-lança (Jelavic e Mandzukic) e o movimento de aproximação dos três médios mais ofensivos. O cocktail delicia, convence, conquista a curiosidade.

É importante voltar a referi-lo: há uma diferença abissal entre a Irlanda e a Croácia. O bom Giovanni Trapattoni tenta dar solidez tática, soltar Robbie Keane e apostar tudo nas bolas paradas. Resultou uma vez, no golo de Sean St. Ledger, mas o futebol é muito mais do que isso.

A Figura e a Revelação do jogo

A partir do empate a uma bola, estabelecido aos 19 minutos, só a Croácia teve armas para reclamar um triunfo mais do que anunciado.

Uma, duas, três ocasiões de golo, até Nikica Jelavic fazer o segundo em cima do intervalo e Mandzukic dissipar todas as dúvidas nos primeiros instantes do recomeço.

Num derradeiro assomo de orgulho, a Rep. Irlanda aplicou a velha máxima do kick and rush, meteu muitas bolas na área croata e fez uns derradeiros dez minutos interessantes.

Sem resultados práticos, mas a elevar ao máximo a histeria dos seus fidelíssimos seguidores. Perderam e, ainda assim, acabaram o jogo a cantar. Fabuloso!

Uma palavra para a arbitragem do senhor Bjorn Kuipers: a mais fraca do Europeu, com prejuízo para a Rep.Irlanda.

in Mais Futebol

domingo, 10 de junho de 2012

Espanha e Itália empatam a uma bola

Empate justo face ao rendimento das duas equipas. Um dos melhores jogos do Europeu até ao momento.
 

O favoritismo neste Euro-2012 é uma mera utopia. A Espanha, detentora do troféu e vencedora do Mundial-2010, não conseguiu justificar mais que um empate frente a uma Itália digna e batalhadora (1-1).

FICHA DE JOGO

Di Natale saiu do banco para inaugurar a contagem na etapa complementar, Cesc Fabregas restabeleceu a igualdade pouco depois. Pelo meio, Balotelli e Fernando Torres desperdiçaram o que puderam. Nada de novo aqui.

Foi um dos melhores, talvez o melhor, jogo do Campeonato da Europa até ao momento.

A lógica invertida

A Itália iniciou o encontro com uma estratégia aparentemente defensiva mas acabou por prender a Espanha na sua teia a sair para vários ataques de belo recorte. Cassano esteve particularmente inspirado, enquanto Balotelli misturava momentos de génio com outros de loucura.

O futebol rendilhado dos espanhóis, com excesso de médios e escassez de centimetros na área contrária, embatia no muro transalpino. A defesa montada por Cesare Prandelli sauava mas conseguia afastar o perigo.

No setor intermediário, Thiago Motta e sobretudo Pirlo ganhavam ascendente sobre os criativos catalães. Isto porque Xabi Alonso pouco ou nada apareceu. 

Ao intervalo, aliás, Iker Casillas assumia até a improvável condição de homem de jogo. Após um par de defesas apertadas, o capitão da seleção espanhola evitou o golo de Thiago Motta com uma intervenção espantosa, já em período de descontos.

O nulo no final do primeiro tempo refletia o respeito de parte a parte, embora seja justo salientar que a Itália deixou uma boa imagem ao longo dos primeiros quarenta e cinco minutos, longe daquela Itália ultra-defensiva do passado recente.

Os génios e os loucos

A equipa transalpina viria mesmo a chegar à vantagem. Num reatamento de partida a um ritmo elevadíssimo, Iniesta ficou perto do golo após remate cruzado e Balotelli provou que é capaz de momentos incomparáveis.

Ao minuto 54, o avançado aproveitou um erro de Sergio Ramos e ficou isolado. De repente, parou. Foi a passo para a área contrária, pensando na vida e sabe-se lá mais em quê, acabando por permitir a recuperação e o corte providencial de Ramos.

O selecionador italiano perdeu a paciência e lançou Di Natale. Balotelli viria o seu substituto marcar um golo de belo efeito logo depois, após um trabalho brilhante de Andrea Pirlo. O maestro transalpino passou por um, dois, isolou o avançado com o pé esquerdo e este bateu Casillas com frieza.

A Espanha, menos Espanha do que é hábito, teve o mérito de anular a desvantagem logo depois. David Silva apareceu para isolar Cesc Fabregas com um toque sublime. Este rematou de pronto e fez o empate.

Curiosamente, Cesc Fabregas seria uma opção para sair em breve, enquanto David Silva foi substituído logo após o golo. Del Bosque tinha decidido apostar em Jesus Navas e não mudou de ideias. Aliás, foi um final de tarde pouco feliz para o treinador espanhol.

A quinze minutos do final, Fernando Torres substituiu Cesc e seria o protagonista dos derradeiros lances de perigo. Primeiro, isolado, procurou fintar Buffon e este afastou o perigo com os pés. Depois, já ao cair do pano, não aproveitou um erro de avaliação do guarda-redes italiano e falhou um chapéu em vez de apostar num passe lateralizado para um companheiro sem oposição.

Empate justo face ao rendimento das duas equipas. Um dos melhores jogos do Europeu até ao momento. A Itália terá uma palavra a dizer na competição.

in Mais Futebol

Portugal derrotado no primeiro jogo do Euro


Derrota no primeiro jogo de Portugal no Euro 2012. Um golo de Mario Gomez fez a diferença. Portugal teve vários lances de golo, com destaque para Pepe, que, aos 45 minutos, enviou à barra (a bola bateu na linha de golo mas não entrou). Aos 83 foi Nani a enviar outra vez à barra.
Um cabeceamento Mario Gomez impôs hoje a derrota (1-0) à seleção portuguesa de futebol, que acertou duas vezes na trave da baliza alemã, em jogo da primeira jornada do Grupo B do Euro2012.
Pepe, no final da primeira parte, e Nani, na segunda, surpreenderam Neuer, mas, em ambos os casos, a bola acabou por embater na trave da baliza alemã, enquanto Varela, após brilhante assistência de Nelson Oliveira, não conseguiu bater o guarda-redes alemão.
O ponta-de-lança germânico Mario Gomez decidiu o jogo com um golpe de cabeça à entrada da área lusa, aos 72 minutos, numa fase em Portugal até estava a dominar o encontro, e colocou a "mannschaft", juntamente com a Dinamarca, na liderança da "poule", com três pontos.
Os desenhos táticos de Paulo Bento, que promoveu o regresso à titularidade de Hélder Postiga e João Pereira, e de Joachim Loew proporcionaram um encaixe praticamente perfeito no meio-campo, com o "trinco" Miguel Veloso a vigiar Ozil, enquanto João Moutinho e Raul Meireles estavam atentos a Khedira e Schweinsteiger.
Com o congestionamento ao centro, as alas começaram por ser as "armas" mais utilizadas e Boateng foi o primeiro a criar um desequilíbrio, logo aos dois minutos, ao cruzar da direita para Gomez cabecear de forma praticamente inofensiva.

by TSF

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Ronaldo e Pepe foram embaixadores da simpatia Portuguesa

Cristiano Ronaldo respondeu ao carinho de cerca de mil adeptos polacos, e alguns portugueses, que assistiram ao primeiro treino da Seleção Nacional em Opalenica dedicando algum tempo a dar autógrafos, juntamente com Pepe, enquanto os restantes jogadores já estavam recolhidos no hotel.

Como se esperava foi grande a romaria para ver o único treino aberto antes da estreia de Portugal no Campeonato da Europa, sábado, com a Alemanha. Já não é novidade, é verdade, mas crianças e adultos, homens e, sobretudo, mulheres acorreram a Opalenica para ver o craque do Real Madrid, numa espécie de liturgia global.

E foi ver alguns gritos de adolescentes e candidatos polacos a Cristiano Ronaldo, alguns bem novinhos, com três e quatro anos, equipados com o equipamento do clube espanhol ou da Seleção e sempre, claro, com o mesmo nome nas costas.

Já se está a ver que o primeiro aplauso forte da tarde foi para a maior estrela portuguesa, depois de um ensaio tímido do público quando Raul Meireles, Ricardo Costa, Hugo Viana, João Pereira, Rolando, Hélder Postiga e Hugo Almeida pisaram o relvado, cinco minutos antes do começo do treino.


in A Bola

Queiroz de volta ao ataque: «Confrontei-me com tentativa de transformar a seleção num circo»

Carlos Queiroz recorda episódio passado nos tempos em que esteve na Federação

Carlos Queiroz, antigo selecionador português, é o segundo treinador a criticar a forma como Portugal se preparou para o Euro-2012. Foi em declarações à TSF.

Hoje a trabalhar no Irão, Queiroz disse não ficar supreendido por as declarações de Manuel José terem «fundamento», apesar de não as ter ouvido. E fez uma revelação. «Eu próprio me confrontei com uma tentativa, muitas vezes absurda e até ridícula, de transformar a seleção num circo. Por exemplo, uma das iniciativas que me foi proposta antes do Mundial era a de eu escolher 22 jogadores e o 23º ser escolhido pelo povo», disse.

Queiroz diz que chamou a atenção, quando estava na FPF, que determinadas ações eram «prejudiciais». Na altura, afirma, o presidente federativo, Gilberto Madail, ter-lhe-á dito que estava a meter-se com pessoas muito fortes. «Como me opus, mais tarde ele disse-me que essas pessoas estavam a dizer que eu tinha de ir embora». Queiroz conclui que ainda está à espera que Gilberto Madail, ex-presidente, e João Rodrigues lhe digam «quem são essas pessoas». Sem sucesso, afirmou.

in Mias Futebol

terça-feira, 5 de junho de 2012

Chelsea tenta atrair Hulk

O Chelsea iniciou uma operação de charme no sentido de garantir definitivamente os serviços de Hulk e conta, para isso, com a ajuda do próprio jogador. O proprietário do clube londrino, o multimilionário russo Roman Abramovich, propõe ao Incrível um salário anual de 8,6 milhões de euros por 4 temporadas, avançou, ontem, o jornal inglês “The Times”, e fica agora à espera que o Incrível resolva o resto.

Cientes de que a vontade de Hulk vai prevalecer, conforme foi garantido ao próprio jogador por dirigentes portistas e tornado público pelo seu empresário Teodoro Fonseca, o Chelsea lança o isco diretamente ao Incrível, no sentido de seduzi-lo e de tentar, com isso, que o FC Porto aceite transferi-lo abaixo dos 50 milhões de euros. Voltando ao que escreveu, ontem, o “The Times”, o Chelsea já teria apresentado aos dragões uma proposta mediante a qual entrariam 37 milhões de euros no cofre da SAD.

in Record

"Portugal não é só Ronaldo. Também tem Nani e Pepe."

O selecionador da Alemanha leva anos a polir uma equipa baseada no bom futebol, na juventude e na disciplina. Mas sabe que a melhor versão da mesma ainda está por chegar. Antes de enfrentar o seu terceiro torneio, fala, entre outros, de CR7 e do fantasma Espanha.

RECORD – Portugal, Holanda, Dinamarca. Este é o grupo mais difícil...

JOACHIM LÖW – Portugal e Holanda estão num nível alto, pelo seu futebol e força ofensiva. A Dinamarca joga de maneira diferente, mas é sempre um rival incómodo.

R – Pode-se dizer que o jogo com Portugal estaria ganho se fosse possível anular Cristiano Ronaldo?

JL – Não creio. Não é só Ronaldo que é muito perigoso e rápido. Há também outros jogadores como Nani. E a defesa é extremamente forte, à volta de Pepe, sobretudo os centrais, que são fisicamente fortes.

in Record

segunda-feira, 4 de junho de 2012

México bate Brasil

O Brasil, com os portistas Danilo e Hulk a titulares, foi este domingo derrotado em Dallas, nos Estados Unidos, pelo México (0-2).

Depois de vitórias com a Dinamarca (3-1) e Estados Unidos (4-1), os canarinhos vinham de 10 jogos invictos, mas baquearam por completo diante dos mexicanos, que construíram a vitória praticamente até à meia hora da partida.

Giovani dos Santos, aos 23 minutos, escapou-se pela esquerda e surpreendeu o guarda-redes brasileiro. Pouco depois, o mesmo Giovani dos Santos arrancou uma grande penalidade ao defesa Juan. «Chicharito» Hernández, na conversão, fez o segundo golo.

O Brasil tentou reagir, teve mais posse de bola, mas as incursões de Hulk, Neymar e Leandro Damião revelaram-se infrutíferas e foram raras as vezes que o guarda-redes mexicano foi importunado. Alexandre Pato ainda foi lançado e pouco mudou, Hulk viria a sair aos 76 minutos, então já sob os «olés» dos mexicanos presentes nas bancadas.

O próximo jogo dos brasileiros está marcado para o próximo sábado, diante da rival Argentina. Será o último jogo antes da entrada em cena nos Jogos Olímpicos de Londres. 


in A Bola

Nani acredita em recuperação a tempo de confronto com Alemanha

O internacional português Nani acredita que lesão sofrida frente à Turquia foi apenas um susto e que estará presente na partida frente à Alemanha.

«Sim, foi um susto. Um lance muito perigoso, fiquei muito queixoso e ainda estou um pouco, mas penso que nestes dias vou recuperar bem», afirmou Nani

O jogador será reavaliado após a folga: «Quando chegar à concentração da Seleção é que vamos ver. Foi uma pancada do adversário que poderá ter causado um pequeno entorse. Acredito que posso jogar contra a Alemanha

O extremo português lamentou a derrota frente à Turquia: «Foi um resultado triste. O estádio estava cheio, foi uma festa muito bonita, Portugal estava confiante que íamos ganhar e partir bem para o início do campeonato. Mesmo assim, acho que deviam estar orgulhosos pois demos o nosso melhor, criámos muitas oportunidades, mandámos bolas ao ferro, praticámos um futebol bonito... Tivemos algumas falhas que permitiram que a Turquia marcasse mais golos do que nós, mas isso é futebol. O mais importante é que o jogo não contava para nada e agora é que vêm os jogos mais importantes. Espero que os resultados sejam melhores.

Nani deu a opinião em torno do que terá falhado: «São jogos de preparação. Se chegarmos ao Euro e ganharmos o primeiro jogo, já ninguém se vai lembrar disto. Outras seleções também perderam nos seus jogos de preparação, é normal. Estão a experimentar-se jogadores, outros ganham confiança, para alguns era a primeira internacionalização. Estes dois jogos foram o suficientes para estarmos prontos para o início da competição e sei que equipa estará melhor nos jogos mesmo a valer». 


in A Bola

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Paulo Bento garante não substituir ninguém por ser assobiado

O selecionador nacional assegura que Portugal realiza amanhã, no Estádio da Luz, diante a Turquia, o último teste para o Campeonato da Europa sem qualquer tipo de pressão.

«Se o Estádio da Luz estiver cheio, melhor. Teremos de elogiar, tendo em conta o cenário atual, o esforço das pessoas para nos apoiar. Preferia que esperassem pelo final do jogo para se manifestarem mas têm todo o direito de assobiar durante o jogo. Agora, não vou substituir ninguém por ser assobiado. Todos os jogadores que estão na Seleção têm caráter para jogar nessas condições, estão preparados para isso. Este é um jogo de preparação e nada do que acontecer amanhã terá influência para o jogo com a Alemanha. Não temos qualquer tipo de pressão», disse Paulo Bento em conferência de Imprensa.

Para o selecionador, na origem do contestado empate (0-0) com a Macedónia estiveram problemas de «desempenho e não de empenho»: «Não houve problemas de atitude dos jogadores e isso deixa-nos tranquilos. Houve lentidão nos processos, tentámos corrigir esses aspetos e vamos tentar melhorar amanhã, sabendo que a Turquia vai jogar de maneira diferente. Queremos melhorar a cada jogo, queremos ganhar, mas sabemos o contexto em que estamos inseridos. Estamos a uma semana do início de uma grande competição, há jogadores que revivem o passado e não querem perder o lugar.»

Paulo Bento não se mostrou preocupado pelo facto de Portugal não ter marcado golos nos dois últimos particulares: «Muito dificilmente seremos uma equipa sem confiança nos jogos. Sou otimista por natureza mas não deixa de haver preocupação, não exagerada, pelo jogo com a Macedónia. Amanhã faremos um jogo diferente, queremos ganhar e, para isso, temos de marcar.»

O selecionador recusou revelar o onze que entrará em campo amanhã para defrontar a Turquia mas reconheceu que continuará a fazer experiências: «Entraremos com a equipa que entendermos ser a melhor para enfrentar a Turquia. Preparámos este jogo de maneira diferente porque é um adversário diferente da Macedónia. Também não nos preocupamos com o que estão a fazer os nossos adversários porque duvido que a Alemanha vá jogar contra nós com a mesma equipa que defrontou ontem Israel. Faremos o onze e as substituições que nos permitam melhorar e, ao mesmo tempo, preparar da melhor forma o jogo com a Alemanha.»


in A Bola