Às 21h05, chegava de Vila do Conde a
confirmação matemática do título. Do
sofá para a rua foi um saltinho, porque, assim que terminou o
jogo do Benfica, os jogadores do FC Porto começaram a receber
nos respetivos telemóveis a convocatória para se
apresentarem no varandim do Dragão. Pinto da Costa, que
não mora longe do estádio, seguiu o mesmo caminho, mas,
com a multidão a entupir as ruas, teve de deixar o carro em
casa. Decidiu seguir a pé e foi engolido por um mar de gente,
mal refeita da supresa de ter o presidente ali ao lado, à
distância de um abraço. Um vezes mil, que se foram
multiplicando até os seguranças, já
próximos do palco da festa, o conseguirem resgatar do meio do
povo. Algumas centenas de adeptos precipitaram-se para a Avenida dos
Aliados, mas a festa não era lá. Mudaram de rumo, mas
deixaram alguns turistas intrigados com o que se passava. O destino
estava traçado: Alameda do Dragão.
Era lá que se festejava o 26º título, mas os
jogadores tiveram dificuldade em chegar, porque, mesmo sem estar
planeada, uma festa do título, no Porto, é coisa que
não parece exigir grandes preparativos. A custo, os jogadores
lá chegaram e às 23h05, cerca de 50 minutos depois do
previsto, Maicon era o primeiro a chegar ao varandim, de microfone na
mão a dar a música que os adeptos queriam ouvir. Os
ritmos do costume, numa sonoridade conhecida, e com letras não
censuradas. À falta de champanhe, a festa foi regada a cerveja:
foram despejados litros nas cabeças dos milhares de adeptos que
viam tudo da Alameda e outros tantos litros escorregaram pelas
gargantas dos jogadores. Vítor Pereira também teve
direito a banho, despejado por Rolando e Maicon. Já com o
presidente a contar-lhe a loucura que tinha sido passar pelo meio de
milhares, e desafiado a fazer o mesmo, o agora treinador
campeão, teve uma tirada de humor. "Ao presidente dão
beijinhos, a mim, alguns dariam, mas outros...", disse, deixando a
frase incompleta.
Hulk foi o rei óbvio dos aplausos, mas todos foram saudados
com entusiasmo. Entre os estreantes, Defour arriscava falar
publicamente em português. E saiu-se bem. Do varandim
saíram todos às 23h30, porque esta festa, tendo sido
festa, foi apenas um aperitivo para o que aí vem. Há
prolongamento garantido, a começar já no domingo, no jogo
com o Sporting.
in O Jogo Online
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segunda-feira, 30 de abril de 2012
Sporting - Académica: Luta pelo Terceiro vs Luta pela Manutenção
Leões de olho no terceiro, estudantes na fuga à despromoção
MomentoSporting: dar seguimento às vitórias no campeonato, somando a quinta consecutiva, é o objetivo do leão, concentrado agora em exclusivo na prova, depois da eliminação nas meias-finais da Liga Europa. O terceiro lugar, afinal, já não está tão longe e, em caso de vitória sobre a Académica, basta superar FC Porto (Dragão) e Sp. Braga (Alvalade). Também o quarto posto ficará praticamente garantido.
Académica: cinco derrotas seguidas, associadas à vitória do Feirense nesta ronda, empurraram os estudantes para a zona de despromoção. A contestação tem subido de tom e o espetro da descida é cada vez mais incómodo. Pedro Emanuel diz que tem faltado a sorte do jogo, mas a Académica continua a depender só de si para ficar na Liga.
Ausências
Sporting: Rodríguez e Rinaudo são as baixas conhecidas, por lesão.
Académica: Orlando, Éder, Pape Sow, Reiner e Diogo Gomes estão lesionados, enquanto Flávio e Hélder Cabral vão cumprir castigo.
Discurso direto
Nem Ricardo Sá Pinto nem Pedro Emanuel fizeram a antevisão do encontro, uma vez que as duas equipas estão em «blackout» por tempo indeterminado. Isto significa, ainda, que não há informação sobre convocados ou atualização do boletim médico.
Histórico de confrontos
Em 59 jogos realizados em Alvalade para o campeonato, o Sporting ganhou 45, empatou oito e perdeu apenas seis. No último encontro, os leões ganharam 2-0 com um bis de Yannick Djaló, mas há duas épocas os estudantes saíram de Alvalade com os três pontos, depois de vencerem por 2-1.
Equipas prováveis
SPORTING
Rui Patrício; João Pereira, Polga, Xandão e Insúa; Matías, Elias e Schaars; Izmailov, Wolfswinkel e Capel
ACADÉMICA
Peiser; Cédric, Abdoulaye, João Real e Nivaldo; Diogo Melo e Adrien; Marinho, David Simão e Diogo Valente; Edinho
in Mais Futebol
domingo, 29 de abril de 2012
FC Porto Campeão Nacional 2011/2012
O FC Porto reforçou hoje a hegemonia que mantém há muito no futebol português, ao garantir matematicamente a conquista do seu 19. título nos últimos 28 anos, mais precisamente desde a época 1983/84.
Depois de não terem conseguido mais do que sete troféus nas primeiras 50 edições da prova, contra 26 do Benfica e 16 do Sporting, os "dragões" mandam desde então e, com 26 cetros, ameaçam cada vez mais os 32 dos "encarnados".
Nos últimos 28 anos, o conjunto portuense apenas não conquistou o campeonato em nove ocasiões, perdendo seis para o Benfica (1986/87, 88/89, 90/91, 93/94, 2004/2005 e 2009/2010), dois para o Sporting (1999/2000 e 2001/2002) e um para o vizinho Boavista (2000/2001), agora "desterrado" na II divisão. O domínio da formação "azul e branca" fica igualmente bem expresso no facto de só ter vivido numa ocasião (três anos, entre 1999/2000 a 2001/2002) uma "seca" de mais de uma época sem título.
Como o título selado hoje, o FC Porto repetiu o sucesso da época passada, somou o sexto em sete anos (desde 2005/2006) e o oitavo na última década (desde 2002/2003), período em que só foi batido duas vezes, ambas pelo Benfica.
Os "dragões" somam ainda 13 troféus nos derradeiros 18 anos (desde 1994/95), 15 em 21 (desde 91/92), 16 em 23 (desde 89/90) e 17 em 25 (desde 87/88).
Os 19 títulos nos derradeiros 28 anos foram selados por 11 treinadores, sete portugueses, que arrebataram 13, e quatro estrangeiros, vencedores de seis.
Entre os técnicos lusos, Artur Jorge, que abriu a série (1984/85) soma três, os mesmos de Jesualdo Ferreira, enquanto António Oliveira a José Mourinho conseguiram dois e Fernando Santos, André Villas-Boas e Vítor Pereira um.
No que respeita aos estrangeiros, "bisaram" o brasileiro Carlos Alberto Silva e o malogrado inglês Bobby Robson e somaram um título o jugoslavo Tomislav Ivic e o holandês Co Adriaanse. Destaque para os cinco cetros consecutivos, um recorde da competição, conseguidos entre 1994/95 e 98/99: Fernando Santos fechou a contagem e entrou para a história do clube e do futebol português como o "engenheiro do penta".
O título conquistado na presente época será um dos menos conseguidos, nomeadamente ao nível das exibições, já que, a duas rondas do fim, o FC Porto só perdeu uma vez (3-1 no reduto do Gil Vicente), tendo cedido ainda seis empates.
Na ronda (17.) em que perderam em Barcelos, os portistas ficaram a cinco pontos do Benfica, mas os "encarnados" deram "tiros nos pés" em Guimarães (0-1) e Coimbra (0-0) e, à 21. jornada, o FC Porto deu uma passo de gigante para o título, ao vencer por 3-2 em pleno Estádio da Luz.
Um golo irregular de Maicon, que se encontrava em fora de jogo, selou, perto do final, o triunfo dos "azuis e brancos", que, depois disso, ainda perderam o primeiro posto para o Sporting de Braga, ao empatarem em casa com a Académica (1-1).
Depois de 13 triunfos consecutivos, os "arsenalistas" caíram, porém, na Luz (1-2), e, na ronda seguinte, em mais uma "final", o FC Porto decidiu em definitivo o título, ao vencer na "pedreira" (1-0), numa ronda 26 em que o Benfica perdeu em Alvalade (0-1).
in Sic Notícias Online
PARABÉNS FC PORTO
Benfica empata a 2 frente ao Rio Ave e entrega título ao FCP
Adeus ao campeonato e às juras de felicidade
Adeus ao título, às juras de felicidade, ao projeto-maior da época 2011/12. Adeus irreversível, frustrante, recheado de culpas próprias e muitas questões por responder. Adeus sublinhado por uma exibição insuficiente, crivada de erros primários na defesa e uma complacência inaturável no ataque.
O Benfica endossa ao F.C. Porto mais débil dos últimos anos o campeonato nacional.
Não há outra forma de olhar para o insucesso encarnado: na Luz, o rei (Jesus) vai nu. Exceção feita aos dois golos no primeiro tempo e à pressão desesperada feita sobre o Rio Ave nos derradeiros 15 minutos, a atuação do Benfica foi confrangedora.
Começou terrivelmente, foi castigada no golo de Christian Atsu, reequilibrou-se com a reviravolta no marcador e voltou a atingir níveis ridículos até implodir no segundo do Rio Ave.
Este Benfica foi acometido subitamente pelo Síndrome de Estocolmo. Raptado pelo adversário, acabou por criar um laço de simpatia (e clemência) pelo sequestrador. Recusou a libertação, em nome do triunfo, e quando nada o indiciava voltou a render-se.
Jorge Jesus poderá queixar-se, é verdade, de uma clara grande penalidade não assinalada perto do fim. Mas é só disso. O resto é demasiado fraco para merecer qualquer tipo de atenuante.
FICHA DE JOGO, NOTAS E JOGO AO MINUTO
O primeiro golo do Rio Ave é, de resto, lapidar quanto ao desnorte das águias, mormente na defesa. Artur Moraes hesita, Luisão encolhe-se, a bola vai encostar no pé esquerdo de Christian Atsu. Um dragão, curiosamente, a inaugurar o marcador.
Por esta altura, Garay já somava dois passes errados em zona proibida, enquanto Maxi e Capdevila sofriam a bom sofrer com as diatribes de Kelvin e Atsu, os meninos da Vila. O Benfica podia ser campeão, mas jogava como se nada fosse.
Sem pouco ou nada o indiciar, dois erros tremendos de Gaspar recolocaram os encarnados no rumo da vitória. Um corte defeituoso do experiente central meteu a bola nos pés de Nolito para o 1-1 e, logo a seguir, uma entrada fora de tempo derrubou Cardozo na área vila-condense. O paraguaio aproveitou para acabar com a seca de golos.
Os Destaques: Huanderson e o coelho na cartola
A vencer, o Benfica permaneceu errático e complicativo, para júbilo do aflito Rio Ave. Um trabalho soberbo de Kelvin cruzou a área das águias e acabou na testa de Yazalde. A bola, sem intensidade, beijou as redes, indiferente ao olhar impotente de Artur Moraes.
Antes do tal período de pressão totalitária do Benfica, com golos falhados e um erro grave de Olegário Benquerença, o Rio Ave teve três oportunidades ótimas para golo. Kelvin, Gaspar e Yazalde não tiveram capacidade para ampliar o nível de embaraço.
Era o estertor da morte, o agonizar do moribundo que, afinal, ainda teve forças para se erguer num assomo de dignidade. Demasiado tarde, porém.
Refastelado no sofá, o F.C. Porto a tudo assistiu, certamente de olhar trocista. Os dragões têm seis pontos de vantagem (recuperaram 11 em dois meses) a dois jogos do fim.
E depois do adeus?
O Benfica endossa ao F.C. Porto mais débil dos últimos anos o campeonato nacional.
Não há outra forma de olhar para o insucesso encarnado: na Luz, o rei (Jesus) vai nu. Exceção feita aos dois golos no primeiro tempo e à pressão desesperada feita sobre o Rio Ave nos derradeiros 15 minutos, a atuação do Benfica foi confrangedora.
Começou terrivelmente, foi castigada no golo de Christian Atsu, reequilibrou-se com a reviravolta no marcador e voltou a atingir níveis ridículos até implodir no segundo do Rio Ave.
Este Benfica foi acometido subitamente pelo Síndrome de Estocolmo. Raptado pelo adversário, acabou por criar um laço de simpatia (e clemência) pelo sequestrador. Recusou a libertação, em nome do triunfo, e quando nada o indiciava voltou a render-se.
Jorge Jesus poderá queixar-se, é verdade, de uma clara grande penalidade não assinalada perto do fim. Mas é só disso. O resto é demasiado fraco para merecer qualquer tipo de atenuante.
FICHA DE JOGO, NOTAS E JOGO AO MINUTO
O primeiro golo do Rio Ave é, de resto, lapidar quanto ao desnorte das águias, mormente na defesa. Artur Moraes hesita, Luisão encolhe-se, a bola vai encostar no pé esquerdo de Christian Atsu. Um dragão, curiosamente, a inaugurar o marcador.
Por esta altura, Garay já somava dois passes errados em zona proibida, enquanto Maxi e Capdevila sofriam a bom sofrer com as diatribes de Kelvin e Atsu, os meninos da Vila. O Benfica podia ser campeão, mas jogava como se nada fosse.
Sem pouco ou nada o indiciar, dois erros tremendos de Gaspar recolocaram os encarnados no rumo da vitória. Um corte defeituoso do experiente central meteu a bola nos pés de Nolito para o 1-1 e, logo a seguir, uma entrada fora de tempo derrubou Cardozo na área vila-condense. O paraguaio aproveitou para acabar com a seca de golos.
Os Destaques: Huanderson e o coelho na cartola
A vencer, o Benfica permaneceu errático e complicativo, para júbilo do aflito Rio Ave. Um trabalho soberbo de Kelvin cruzou a área das águias e acabou na testa de Yazalde. A bola, sem intensidade, beijou as redes, indiferente ao olhar impotente de Artur Moraes.
Antes do tal período de pressão totalitária do Benfica, com golos falhados e um erro grave de Olegário Benquerença, o Rio Ave teve três oportunidades ótimas para golo. Kelvin, Gaspar e Yazalde não tiveram capacidade para ampliar o nível de embaraço.
Era o estertor da morte, o agonizar do moribundo que, afinal, ainda teve forças para se erguer num assomo de dignidade. Demasiado tarde, porém.
Refastelado no sofá, o F.C. Porto a tudo assistiu, certamente de olhar trocista. Os dragões têm seis pontos de vantagem (recuperaram 11 em dois meses) a dois jogos do fim.
E depois do adeus?
in Mais Futebol
sábado, 28 de abril de 2012
A um passo de ser Campeão: FC Porto vence Marítimo por 2-0
Dois golos de Hulk em dois penalties deixam o F.C. Porto às portas do título
F.C. Porto
campeão se Benfica não vencer Rio Ave
O
F.C. Porto venceu este sábado na Madeira, no terreno do Marítimo,
por 2-0 e pode ser campeão já este domingo: se o
Benfica não vencer em Vila do Conde, os dragões revalidam
matematicamente
o título nacional. Dois golos de Hulk, na
marcação de duas grandes penalidades, fizeram o resultado.
O
primeiro golo
surgiu aos 16 minutos, na sequência de um mão na
área de Fidelis: um pouco incompreensivelmente, o avançado do Marítimo
cortou
uma bola cruzada da esquerda com a mão e
originou a grande penalidade que Hulk converteu. O brasileiro bateu a
bola forte
e colocada.
Confira a ficha de jogo
Recorde a Ao Minuto
O
segundo golo aconteceu
em cima do minuto noventa, quando o árbitro
considerou falta de Rafael Miranda sobre Djalma dentro da área: uma
decisão polémica,
uma vez que o contato parece provocado pelo
avançado portista. Hulk voltou a não falhar da marca dos onzes metros.
Numa
primeira parte fraca, só o F.C. Porto voltou a
ficar perto do golo, num remate de James que Salin defendeu. A segunda
parte
durante muito tempo só deu Marítimo: Benachour e
Fidelis ficaram muito perto de empatar. Antes de Hulk fazer o segundo,
Lucho
ainda falhou um golo certo.
in Mais Futebol
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