Deco admitiu que ponderaria um regresso à seleção portuguesa, que abandonou após o Mundial-2010, caso fosse interpelado pelos responsáveis federativos ou pelo selecionador Paulo Bento.
O ex-internacional português Deco admitiu, em entrevista à Globoesporte
, que ponderaria voltar à seleção nacional, caso o selecionador Paulo
Bento ou os responsáveis federativos pedissem o seu regresso. Já não é a
primeira vez que Deco aborda o tema, depois de também o ter feito em Dezembro do ano passado.
Contudo, o médio, que abandonou a seleção após o
Mundial-2010, confessa que já não se identifica com a equipa atual. "As
minhas decisões são muito pensadas antes. Encerrei um ciclo que achava
que era meu. Não que eu não tenha mais prazer de defender Portugal. Até
teria. Mas não me identifico tanto com esse time [equipa]. São outros
jogadores, outra geração... Se a seleção ou treinador pedisse o meu
retorno, eu até ponderaria. Mas quando tomei a decisão é porque sabia
que não era mais o momento", explicou.
O jogador do Fluminense, aos 34 anos, diz-se feliz por
estar no Brasil e confessa que terá dois "amores" no próximo Mundial.
"Agora sou torcedor. E em 2014 estarei na torcida tanto pelo Brasil
quanto por Portugal na Copa do Mundo [Mundial]".
"Talvez ganhar um título importante com a seleção tenha sido a única coisa que faltou na minha carreira"
O luso-brasileiro também confessou que a maior desilusão da sua carreira aconteceu em Portugal. "Não
ter ganhado a Eurocopa [Europeu] com Portugal em 2004. De dez jogos
como aquele [a final, contra a Grécia], nós ganharíamos nove. Pelo
significado que tinha, pelo valor... Talvez ganhar um título importante
com a seleção tenha sido a única coisa que faltou na minha carreira.
Depois perdemos na meia-final da Copa do Mundo [Mundial] de 2006 para a
França, mas ali tudo poderia acontecer."
Pelo contrário, o antigo ídolo portista também não
esqueceu os bons tempos que passou no Norte do país, onde teve várias
alegrias. "Ganhei a Liga dos Campeões com o Porto e com o Barcelona,
mas a primeira teve um significado diferente. Nas devidas proporções,
era o mesmo que ganhar a Libertadores com um time [equipa] que nunca
ganhou nada e tenha um orçamento reduzido".
Deco foi dos "arquitetos" da conquista da Liga dos
Campeões em 2003/2004, no FC Porto de José Mourinho, que cilindrou o
Mónaco na final (3-0). "Não que o Porto seja pequeno, pelo contrário.
Mas financeiramente ele não tem condições de competir com o Barcelona,
por exemplo. É o time [equipa] que vende para os outros comprarem.
Chegar nesse clube e ser campeão com autoridade, e não por causa da
sorte, marca muito. Ainda mais que para torcida [adeptos] e para a
cidade foi muito importante."
Apesar de ter contrato com o Fluminense apenas até ao
final desta época, Deco anunciou que vai continuar a jogar na próxima
época - presumivelmente no clube "tricolor" -, depois de ter ponderado
retirar-se.
in Expresso Desporto
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