Quatro temporadas depois, o Real Madrid voltou a saber o que é ganhar ao FC Barcelona (2-1) em Camp Nou, um triunfo que entrega praticamente o título da Liga espanhola de futebol à equipa orientada por José Mourinho.
Uma vitória no "clássico", um título quase certo para o Real Madrid.Era o jogo do ano na Liga espanhola. Frente a frente, primeiro e segundo classificados, José Mourinho e Pep Guardiola, os dois mais reputados treinadores da atualidade, Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, considerados os melhores jogadores do mundo. Dos vários confrontos diretos, emergiu apenas um vencedor: o Real Madrid.
Os madridistas, com Fábio Coentrão, Ronaldo e Pepe no "onze", sabiam que mais do que os três pontos ou a honra de voltar a festejar na casa dos rivais, algo que não acontecia desde a época 2007/2008, a vitória em Camp Nou valia o título de campeão espanhol, por deixar os líderes a sete pontos do arquirrival, com apenas quatro jornadas por disputar (36ª à 38ª e 20ª, em atraso).
José Mourinho estudou bem a lição e, ao 11º clássico, ganhou finalmente em casa do rival, com a preciosa ajuda de Khedira e Cristiano Ronaldo, autores dos golos, e dos restantes madridistas, que anularam a criatividade dos catalães e negaram-lhes espaço para construírem o seu jogo.
A um início pressionante do FC Barcelona, o Real Madrid respondeu com um inesperado golo do alemão Khedira, que aproveitou a lentidão de Puyol para empurrar uma bola perdida na pequena área para dentro da baliza de um batido Valdés logo aos 17 minutos.
A partir daí só deu Real Madrid. Sem espaço para transições rápidas, o "Barça" só por uma vez na primeira parte conseguiu assustar, mas Xavi, aos 27 minutos, com a baliza escancarada, rematou ao lado.
Mourinho, apostado em manter o resultado, fez a equipa sair para a segunda parte com um único objetivo: defender. Os "culés" iam tentando quebrar a resistência dos "blancos" de longe, primeiro por Tello, aos 54 minutos, e depois por Xavi, aos 68, sem sucesso.
Guardiola viu-se obrigado a mexer no onze e viu a ousadia de substituir Xavi, o mais incansável dos homens do "Barça", por Alexis Sanchéz recompensada com o empate aos 70 minutos.
Acabado de saltar do banco, o chileno foi o autor do 1-1, aproveitando a bola que lhe chegou aos pés depois de uma grande defesa de Casillas a um remate de Tello, assistido de calcanhar por Iniesta.
Mas nem assim o Real Madrid perdeu o seu rumo, com Cristiano Ronaldo a superiorizar-se no seu duelo particular com Messi, respondendo ao empate com o seu 42º golo (igualou o recorde que estabeleceu na temporada passada) e com o 109. dos madridistas, o novo recorde do clube no campeonato espanhol, depois de uma desmarcação perfeita de Ozil.
Com os três pontos quase assegurados, o líder limitou-se a gerir para festejar duplamente no final, diante de um "Barça" resignado com a sua primeira derrota em casa em La Liga desde a segunda jornada da época 2010/2011.
in Sic Notícias
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