A vitória desta noite é daquelas que acrescentam centímetros a uma equipa. O Sporting enfrentou um adversário forte, numa competição importante, superou as dificuldades próprias, e do jogo, e ganhou.
Se alguém esperava um Sporting com medo, demasiado resguardado, enganou-se. Sem loucuras, bem organizado, o Sporting apostou na velocidade de pensamento de Izmailov, nas pernas incansáveis de Capel e nas boas ideias de André Martins. Neste período, um pouco mais de Wolfswinkel poderia ter chegado para fazer um golo. Não apareceu.
O Athletic Bilbao foi quase sempre contido apenas com o bom jogo posicional de Carriço e Schaars. Isso, mais coragem e disponibilidade física. Ninguém ganhará a este adversário basco sem correr o mesmo, sem lutar como ele, sem se bater em todos os duelos. Isso é Sá Pinto, lembram-se? Viu-se o treinador nestes momentos.
E de repente o Sporting fracassou numa bola parada, um toque errado, golo. Esse instante incomodou, até porque a equipa sentiu que não o merecia. O 0-2 foi parado pelo poste da baliza de Rui Patrício. O futebol é feito disto, um pouco ao lado e a história seria diferente.
Não entrou e também sem aviso, Ínsua fez um golo magnífico. Magnífico pela alma do lateral esquerdo, improvável ali, naquela altura. Magnífico pela qualidade espantosa do toque de cabeça, tão colocado, tão certo, tão competente.
Dali para a frente, o Sporting foi simplesmente empolgante. Muito por causa do talento de Izmailov, que aproveitou o espaço disponível (que maravilha, o Athletic gostar de jogar) e levou a equipa para a frente. O 2-1 foi excelente. O 3-1 ficou prometido.
Em Bilbao, Sá Pinto não terá Izmailov, seguramente enfrentará um adversário forte, como hoje demonstrou ser, em muitos momentos. Mas também é seguro prever que aparecerá por lá um Sporting maior, bem estruturado, preparado e disponível para lutar até à última gota.
Estes dois leões merecem-se. E merecem a final, qualquer um deles.
in Mais Futebol
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