Benfica consegue vitória fácil frente ao Olhanense
Mudar o chip e cumprir os mínimos.
Mudar o chip. Do Celtic para o Olhanense, mas com o mesmo objetivo:
vencer. O Benfica cumpriu a missão sem grande esforço
(2-0) e virou a jogada para a outra metade do
tabuleiro de xadrez que vai ser a luta pelo título. A pressão vira a
norte.
A novidade foi Carlos Martins.
Recuperado, o médio entrou diretamente para o onze, a fim de organizar o
ataque e
tomar conta das bolas paradas. Claro que Maxi
recuperou o lugar, depois de o ter cedido por um jogo a André Almeida, e
Rodrigo
voltou a trocar com Lima, mas a chamada do
internacional português foi a que maior mudanças provocou na equipa,
habituada
a um estilo de comando diferente no miolo,
protagonizado por Enzo Pérez. A energia de Martins voltou a destacar-se
e, sobretudo,
os cantos e livres tiveram muito perigo, dando a
ideia que enquanto esteve em campo o brilho foi quase sempre dele.
Dele,
mas também de Maxi, que sofreu o penalty de
Vasco Fernandes, e de Cardozo, que o aproveitou para chegar ao sétimo
golo na
Liga.
O Olhanense apresentou-se encolhido
na Luz. O melhor que conseguiu resultou de cruzamentos de longe para a
área ou de livres laterais. A partida tornou-se,
desde o segundo minuto, quando Salvio obrigou Bracali à primeira de
muitas
defesas, de sentido único. Os encarnados nunca
tiveram de acelerar muito. Moídos por 90 minutos de alta intensidade há
poucos
dias frente ao Celtic, os homens de Jorge Jesus
pareceram pouco dispostos a grandes correrias. A não ser se tivesse
mesmo
de ser.
O pecado de Vasco Fernandes
Até
ao minuto 26, altura em que Vasco Fernandes agarrou Maxi
sem grande pudor na sua área e desequilibrou em
definitivo o encontro para os da casa, Bracali foi dando conta do
recado.
E quando não era o guarda-redes, parecia que a
defesa estava a conseguir aguentar, com maior ou menor dificuldade, o
ataque
rival. Na melhor jogada de toda a partida
(minuto 19), foi Nuno Reis quem se colocou à frente do remate de Ola
John, depois
de a bola ter passado por Carlos Martins, Salvio
e Maxi Pereira antes de chegar ao holandês.
Até ao agarrão
fatídico
então, os algarvios pareciam estar a conseguir
baixar a frequência de ataques dos locais, aproveitando o cansaço e
talvez
uma noite de menor inspiração. E depois também,
até ao intervalo, pouco mudou.
A segunda parte começou com mais
Olhanense,
e com uma defesa importante de Artur logo aos 48
minutos a remate de Abdi. A jogada serviu de aviso ao Benfica, que
voltou
a tomar de assalto a baliza de Bracali (embora,
como já se disse, a equipa não estivesse para grandes correrias). Em
dois
minutos, os encarnados podiam ter resolvido a
questão. Aos 59, Martins lançou Melgarejo pela esquerda, que quis
oferecer o
golo a Cardozo. O que se passou daí até ao
remate desviado (por um rival) de Salvio foi uma confusão enorme com
Cardozo e
vários defesas pelo meio. Na sequência do canto,
Martins colocou a bola em Garay, que cabeceou para excelente defesa de
Bracali.
Estava, no entanto, escrita a fórmula com que o
Benfica iria chegar à tranquilidade.
Luisão atira para a tranquilidade
Jesus
não estava também satisfeito com o resultado
perigoso e sobretudo com a forma como a equipa não estava a conseguir
desenhar
ataques. Trocou Rodrigo (longe do jogador
entusiasmante que já foi) por Lima e devolveu a Pérez a posição 8,
fazendo descansar
Martins. Foi dos pés do argentino, aos 72
minutos, que nasceu o 2-0, num pontapé de canto, e morreu na cabeça de
Luisão, de
cima para baixo, para as redes.
O
Olhanense estava batido, a única curiosidade era saber o quanto estariam
os encarnados
interessados em marcar mais golos. Cardozo,
Salvio (confirmando a sua noite menos feliz) e Lima ainda ameaçaram o
3-0, mas
o resultado ficou mesmo assim.
Os
serviços mínimos garantem o primeiro lugar provisório e o aumento de
pressão sobre
o FC Porto, que visita Braga. A gestão dos
jogadores também foi (bem) conseguida. E Carlos Martins de volta é
sempre boa notícia.
in Mais Futebol
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