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domingo, 27 de maio de 2012

Fraquinho: Portugal 0 - 0 Macedónia

O fado português de não acelerar quando os jogos são a brincar voltou a ouvir-se, desta vez em Leiria, onde apenas o público disse presente.
Falar de algo positivo deste segundo jogo de preparação de Portugal para o Euro-2012 é falar, essencialmente, do excelente público que quase lotou o Estádio Municipal de Leiria. Plenos de entusiasmo, vibrantes e fervorosos, mesmo em tempo de crise, os adeptos disseram presente. A seleção é que não. 

Depois do nulo em Varsóvia, diante de um dos organizadores da prova, a equipa de Paulo Bento teve pela frente um adversário bem mais macio e mesmo assim nem um golo conseguiu marcar. Por mais que se tenha implorado das bancadas por um rasgo de génio de Ronaldo, um remate certeiro de Hugo Almeida, um míssil de Nani... nada disso aconteceu. 

Recorde o AO MINUTO do jogo

Mal foram distribuídas as fichas de jogo percebeu-se que Paulo Bento iria utilizar o encontro para fazer ainda algumas observações antes de apostar num onze-tipo. As presenças de Beto, Rolando, Rúben Micael e Quaresma, em detrimento, por exemplo, de Rui Patrício, Pepe, Raúl Meireles ou Nani, assim o denunciavam. 

Dessas, vá lá, «caras novas» pouco se viu. Talvez o extremo do Besiktas tenha sido, como é costume, o maior agitador do lote em análise, mas também ele foi acometido, a certa altura, pela letargia generalizada que atingiu os jogadores.

A equipa mostrou-se curta de ideias, falha em imaginação e velocidade para surpreender um adversário, obviamente, de autocarro estacionado em frente à baliza. Seria possível esperar outra coisa do 98º classificado do ranking da FIFA? 

Confira a FICHA do encontro

E como respondeu a isto a seleção? Com uma excessiva dependência de Ronaldo. Aliás, na primeira parte, apenas dois livres do avançado do Real Madrid conseguiram fazer saltar das cadeiras o muito público presente nas bancadas. 

Paulo Bento não mudou quase nada para a segunda parte. Trocou apenas João Moutinho por Raul Meireles e a equipa acelerou um bocadinho. Mas foi a Macedónia a criar o maior perigo, primeiro numa jogada concluída por Pandev, depois num cabeceamento de Demiri, que quase mataram Beto de susto. 

Inventar um «10»

A época de exames prosseguiu com mais umas trocas posicionais, mas a inovação foi ver Nani como «10», atrás de Hugo Almeida. Com a saída de Carlos Martins e a chegada de um jogador «diferente» como Hugo Viana, percebe-se a necessidade de ter mais opções para o lugar além, claro, de Rúben Micael.

A aposta não entusiasmou e foi mesmo Cristiano Ronaldo, com alguma ajuda de Quaresma, que continuou a manter o ataque ligado. Até que, também ele, teve de ser substituído, por Varela, e o jogo praticamente morreu por ali.

Conheça os DESTAQUES da partida

Ainda houve ovação para Nélson Oliveira, decididamente um caso de empatia com o público, mais um ou outro arrepio na espinha, e vários remates sem nexo. A exceção foi mesmo um disparo justamente do jovem benfiquista...

Em suma, pareceu mesmo um jogo de despedida antes das férias. Mas não. Ainda há um Europeu pela frente. E lá chegados, as coisas terão de ser, necessariamente, diferentes para os os representantes lusitanos.

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