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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Godinho Lopes: "Houveram muitos treinadores a oferecerem-se ao Sporting"

Presidente leonino destaca perfil de Franky Vercauteren, mas não espera que tudo fique resolvido já no próximo jogo
O presidente do Sporting declarou que fez uma «alteração profunda» na SAD», a vários níveis, como organização e comunicação. No dia em que apresentou o quarto treinador do mandato, em menos de duas épocas, Godinho Lopes destacou o perfil de Franky Vercauteren, o belga escolhido para um lugar que foi desejado «por dezenas» de técnicos.

«Para além de ter sido campeão por dois clubes [Anderlecht e Genk], Vercauteren foi um jogador de bom mérito, reconhecido, e é uma pessoa que aposta na formação. Posso dizer que houve dezenas de treinadores a oferecem-se para treinar o Sporting, enquanto nomes corriam na imprensa e na tv, já tínhamos escolhido o Vercauteren, alguém que é ganhador e que aceitou um desafio que não é fácil, de ter um contrato até junho com opção», resumiu o dirigente. 

Godinho Lopes disse tentou fundamentar «as razões da demora» da chegada do técnico, mas também não quer «criar expectativas de que no próximo jogo tudo está alterado». Aliás, o presidente leonino revelou que Vercauteren lhe colocou um período de tempo para pôr a equipa a jogar à imagem do belga. «Depois de ter visto o jogo do Moreirense, disse-me que precisaria de um a dois meses para impor métodos, razão pela qual combinámos que os dois próximos jogos ainda seriam do Oceano», confessou.

A playstation e os insultos em Alvalade

O máximo dirigente dos leões foi questionado sobre não há uma discrepância entre falar em «projeto» e contratar um treinador até final da época: «Percebo a pergunta e como entenderia também outra: então já contratou dois treinadores até final da época e agora não? A decisão é minha, a responsabilidade é minha. Há um conhecimento mútuo e desde o primeiro momento que jantei com Vercauteren houve uma interpretação da forma de pensar e do modo como aborda os assuntos que me agradou. Não há nada como contacto direto, não é como na playstation, para sentir o sentimento das pessoas e isso fez com que contrato tenha opção de ser prolongado.»

Godinho Lopes foi colocado perante os insultos que ouviu na última noite, em Alvalade, com muita gente no estádio a pedir a demissão do presidente do Sporting e afirmou. «Posso dizer que eu oiço o que dizem, leio o que escrevem e estou atento não só à comunicação social como aquilo que se faz. Fui eleito para cumprir um mandato de três anos. Fui claro que havia um caminho ao longo destes três anos. Disse que no primeiro ano havia preocupação em unir o clube aos adeptos. E houve um aumento nas assistências. Creio que atingimos esse objetivo. Disse que o segundo ano era de reestruturação, na organização e financeira. E disse que o terceiro seria para ganhar desportivamente. Acredito no meu trabalho, não sou surdo no que os adeptos dizem, eles têm legitimidade para dizerem o que entendem. Quando eles têm razão, mais do que nunca, respeito.»

in Mais Futebol

Vercauteren pede paciência aos adeptos leoninos

O novo treinador do Sporting Franky Vercauteren revelou que não teve dúvidas em aceitar o convite, mas pediu aos adeptos para terem paciência, visto que não pode mudar tudo de um momento para o outro.

«Durante estes últimos tempos tenho refletido e definido as minhas prioridades. Trabalhei na Bélgica e decidi agora escolher o que queria fazer em termos de qualidade, de atitude e forma de jogar. O Sporting corresponde a tudo o que queria e era uma oportunidade que surgiu nesta altura. Às vezes surge no início da época e outras vezes a meio. Foi fácil escolher e não precisei de ver as instalações apenas o plantel», afirmou Vercauteren.

O treinador explicou porque não assumiu de imediato as funções no Sporting: «Antes de colocar a equipa a funcionar temos de escolher a melhor altura para o fazer e em dois dias não se faz nada. Nos primeiros tempos será com base nas informações que tenho que vou trabalhar, porque para mexer e incutir outra atitude e sistema tático é preciso tempo. Não é algo que vou fazer de um momento para o outro. Os jogadores precisam de tempo de adaptação».

Franky Vercauteren descartou explicar o que irá mudar: «Não falo de problemas com a Imprensa, mas com os jogadores. É claro que acredito que os jogadores têm potencial e será esse o meu trabalho de tirar o máximo, mas quem me conhece sabe que não respondo diretamente. Não esperem de mim a resposta que querem. Os jogadores já ouviram hoje a minha mensagem. O atual problema é que não estamos a ganhar».

O Sporting vai defrontar a ex-equipa do treinador belga, o Gent: «Não tenho qualquer problema e espero ganhar. Sou treinador do Sporting e quero vencer».

O treinador não quis tecer metas para a presente temporada, mas apenas pensar no próximo jogo: «Conversei com o presidente e falámos de várias coisas. O lugar do Sporting é no topo da tabela e a presença na Champions é importante, mas agora o objetivo é vencer jogo a jogo e pensar cada semana. Com o tempo logo vemos qual será a possibilidade de lá chegar».

in A Bola

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Sporting com mais uma má exibição frente ao Académica (0-0)

Um retrato fiel do pior leão para Vercauteren ver.
Francky Vercauteren deve ter ficado com os cabelos em pé depois ter assistido ao empate do Sporting frente à Académica em Alvalade. Uma exibição confrangedora, sem ponta por onde se pegue. Como é que é possível que uma equipa [definição generosa] que já realizou treze jogos oficiais esta época continue a jogar desta forma? Sem qualquer intensidade, sem automatismos, sem uma ideia de jogo? No final, mais assobios e pedidos de demissão para Godinho Lopes. 

Confira a FICHA DO JOGO

Esta noite, Oceano Cruz baralhou as cartas, mas manteve a coerência que os leões têm transmitido, pela negativa, desde o início da época. Lançou Arias na Liga, ofereceu a titularidade a Viola, mas em campo nada mudou. A equipa estendeu-se no relvado no habitual 4x3x3, com Rinaudo e Schaars colados um ao outro e Adrien ligeiramente mais adiantado, entre Viola e Pranjic, no apoio a Wolfswinkel. Faltou depois tudo o resto: pressão, velocidade, compensações, desmarcações. Nada aconteceu, a não ser uma sucessiva troca de bolas, sem qualquer intenção, sempre previsíveis, ao ponto da Académica intercetar muitas delas e de ter criado as melhores oportunidades da primeira parte.

Os destaques do jogo

Ao longo de todo o primeiro tempo, os leões não conseguiram somar mais do que dois remates frouxos de Viola e uma cabeçada inofensiva de Insúa. De resto, foi uma espetáculo deprimente, uma sucessão de equívocos, uma mão cheia de nada. Valeu aos leões uma Académica fragilizada por muitas ausências, muito longe daquela que roubou a taça aos leões no final da última temporada. Os estudantes chegaram muitas vezes à área de Patrício em vantagem, estiveram perto do golo numa cabeçada de Cissé, mas também caíram no jogo melancólico que se assistiu esta noite em Alvalade.

Não pode ser pior...ou pode?

Francky Vercauteren, que assistiu ao jogo da bancada de imprensa, não pode ter gostado do que viu. A verdade é que se levantou antes do intervalo (terá descido aos balneários?) e Oceano trocou Arias, que mal se viu na primeira parte, por Gelson Fernandes, um médio que a imprensa suíça garante que em janeiro está de volta ao Sion. Em teoria, não podia ser pior do que a primeira parte. Mas foi. O início da segunda parte ficou marcado por uma sucessão de maus passes e os adeptos, que até aqui tinham estado a apoiar a equipa, perderam a paciência. Assobios e o tradicional «joguem à bola», agora com uma nova melodia, passaram a fazer parte da banda sonora deste triste espetáculo.

Assobios mais intensos para a saída de Adrien e os primeiros aplausos para a entrada de Izmailov, mas logo a seguir, depois de mais um mau passe de Gelson, Marinho destacou-se e quase bateu Rui Patrício com um «chapéu». A bola queimava nos pés dos jogadores do Sporting, ninguém a queria e, quem a recebia, queria despachá-la o mais depressa possível para o companheiro do lado. A atrapalhar, uma chuva que caia cada vez com mais intensidade e Boulahrouz lesionou-se quando Betinho estava pronto para entrar. Oceano hesitou, mas lançou o jovem avançado na mesma, com Rinaudo a recuar para ajudar Rojo a tapar o buraco na zona central.

Completamente desequilibrados, os leões atacaram com o coração e o jogo ganhou, finalmente, alguma emoção, com a Académica a tentar aproveitar o total desacerto do adversário nas transições defensivas. O jogo ganhou velocidade, mas o jogo continuou a ser pobre, muito pobre. Oceano despede-se com três derrotas e um empate. Francky Vercauteren, que amanhã herda uma equipa com sete pontos em sete jornadas, tem muito trabalho pela frente, falta saber se vai ter tempo e a paciência dos adeptos para isso.

in Mais Futebol

Pinto da Costa nos Dragões de Ouro

Com humor negro, presidente do FC Porto disse que nos Dragões de Ouro houve duas falhas programadas, "a vinda do Hulk e a minha condecoração a título póstumo que os médicos não permitiram".

Pinto da Costa encerrrou a Gala dos Dragões de Ouro, no Coliseu do Porto, agradecendo a presença de todos, numa jornada especial na vida do FC Porto: "Este dia, em que se galardoam os que mais se distinguiram no FC Porto, é sempre de emoções", disse o presidente dos dragões, para depois, num assomo de humor negro, como ele próprio reconheceu de sorriso nos lábios, contar o comentário que momentos antes fizera junto da sua mulher e que não evitou gargalhadas da plateia:

"Esta festa tem duas falhas programadas: a vinda do Hulk e a minha condecoração a título póstumo que os doutores do Hospital de S.João não permitiram. Mas espero que quando isso acontecer alguns de vós ainda estejam vivos".

Depois, o presidente do FC Porto evocou todos os homenageados e quando o fez em relação a Vítor Pereira não deixou de lhe dirigir algumas palavras:

"Ontem, dedicou-me a vitória no Estoril no meu jogo 1000, dizendo que eu gostava de ganhar mais do que ninguém. Mas quero dizer-lhe que por eu querer ganhar mais do que todos é que você [Vítor Pereira] é o treinador do FC Porto".

in Mais Futebol


"Dragões de Ouro"
Lista de premiados

Filiais e Delegações do Ano:
 São João da Madeira (nacional) e Sidney/Austrália (internacional)
Dirigente do ano: Dr. Paulo Nunes de Almeida
Funcionário do ano: Fernando Bandeirinha
Carreira: Cecília Matos
Técnico do ano: Vítor Pereira (futebol)
Atleta do ano: Hulk (futebol)
Futebolista do ano: Maicon
Atleta de alta competição do ano: Wilson Davyes (andebol)
Atleta amador do ano: Rui Manuel Costa (bilhar)
Revelação do ano: Gilberto Duarte (andebol)
Atleta jovem do ano: Tiago Ferreira (futebol)
Sócio/adepto do ano: Eng.º António Manuel Leitão Borges
Parceiro: Zon
Projecto do ano: Equipa B
Recordação: Costa Soares

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Estoril fez tremer FC Porto (1-2)

Canarinhos ainda recordaram velhos tempos, dragão acordou a tempo.
A tradição dizia que o Estoril, em casa, complicava a vida ao FC Porto. Já não era assim desde os anos 90, mas a história voltou para assombrar o dragão, esta noite, na Amoreira. Por uma hora, mais coisa menos coisa, o Estoril recordou velhos tempos. O FC Porto deu meio jogo de avanço, mas acordou a tempo de o virar para o seu lado. Ganhou por 2-1 e mantém-se na frente, a par com o Benfica.

Há explicações práticas para o susto que o Estoril pregou ao FC Porto. Esta é uma equipa sólida, bem estruturada. Já o tinha demonstrado no início do campeonato, até à grande exibição que terminou em empate em Alvalade. Parecia ter perdido gás nas últimas semanas, mas há muito bom trabalho feito.

Depois, há o que faltou ao FC Porto na primeira parte. Intensidade, essencialmente. Depois da boa exibição na Liga dos Campeões frente ao D. Kiev, na Amoreira entrou outra vez um FC Porto lento, pouco pressionante. A confirmar como tendência as dificuldades fora de casa: só tinha ganho até agora um em três jogos (3-2, em Olhão, empates em Barcelos e em Vila do Conde).

Marco Silva optou por entrar em campo sem ponta de lança de raiz, com Licá ao centro. E foi um Estoril em bloco solidário que se apresentou na Amoreira. Muito concentrado na defesa, com Gonçalo Santos e Diogo Amado a formar uma dupla sólida no meio-campo, rápido a subir, móvel na frente.

O FC Porto voltou a ter Mangala adaptado ao lado esquerdo da defesa, mas também já o teve com o D. Kiev e não foi por isso que correu mal. Era mesmo uma questão de falta de pressão. E de falta de inspiração das suas figuras. James, antes de todos.

Aos 10 minutos, o golo do Estoril. Um canto batido por Evandro, Licá cabeceia e Steven Vitória, o central goleador, encosta, no meio da passividade da defesa do FC Porto. Explosão de alegria na Amoreira, de bancadas cheias, um balde de água fria para os adeptos do FC Porto, alguns dos quais já tinham visto a equipa B perder na Tapadinha, à tarde.

O FC Porto tentou reagir, podia ter marcado, teve ocasiões para isso. Jackson esteve perto aos 17m, Otamendi mais ainda aos 24m, quando fez a bola bater no poste, quando estava mesmo em cima da baliza. Mas o Estoril aguentava-se.

Na segunda parte, depois dos 15 minutos de balneário, o dragão mudou. Arregaçou as mangas, colocou mais pressão no jogo, demorou mas acabou por abrir brechas. E deu a volta em três minutos. Primeiro Varela, aos 58m, depois de um grande passe de Jackson, a seguir o próprio colombiano, na sequência de um livre batido por James. 

O Estoril abanava. Marco Silva, do banco, tentava reagir. Fez sair Evandro, o pivot que não o foi, e entrar Carlos Eduardo, depois saiu Gerso e entrou Luís Leal.

O FC Porto embalava. Aos 65m, Jackson perde uma oportunidade flagrante, depois de mais uma perda de bola do meio-campo do Estoril que tinha estado tão sólido na primeira parte. De baliza aberta, o colombiano chuta por cima.

Depois da avalanche que deu a volta ao jogo, o FC Porto abrandou, o jogo também. Mas o Estoril não desistia. O treinador ainda fez entrar João Paulo, mais um para a frente, e os canarinhos ganharam ânimo perto do fim. 

E Vítor Pereira fez entrar Rolando, aos 86m. O central que saiu do mapa e agora vai entrando juntou-se a Maicon e Otamendi, o movimento do FC Porto era para segurar a vantagem. E já nos descontos fez mais uma substituição, Defour por Lucho. 

Reconhecimento ao Estoril, que merece a boa imagem com que sai da Amoreira. E a confirmação de um FC Porto que fez quanto baste.

in Mais Futebol

Benfica vence Gil Vicente (0-3)

Jogo do galo com resolução fácil.
Noite propícia para estreantes. Première de sonho para Luisinho e André Gomes, jogo do galo com resolução fácil para o onze reinventado por Jorge Jesus. Modesta oposição de um Gil Vicente sem chama. Liderança isolada para o Benfica, à condição (0-3).

O jogo, de resto, teve pouca história. Longe de o anunciar, resolveu-se ao segundo minuto. Aliás, o golo de Lima foi a amostra de um pesadelo defensivo para os gilistas. Enzo Pérez segurou, veio atrás, foi à frente. Um corredor imenso à sua disposição, bem pelo centro, ninguém a fechar. Soava a algo. Provou-se.

Enzo Pérez agradeceu, trabalhou bem e abriu na direita. Cruzamento de Maxi, cabeçada de Lima, golo. O brasileiro arrancava para um serão de qualidade, mais um, aproveitando a presença de Cardozo para procurar novos espaços e dar amplitude ao seu jogo.

Ola John fazia um par de maldades sobre Paulo Arantes, o frágil capitão gilista, enquanto Luisinho ganhava confiança para aparecer na área contrária e responder a um passe atrasado de Lima. Era noite de estreantes, de terror para a defesa do Gil e André Gomes aproveitou a ocasião. Um ressalto, uma recarga, ninguém a afastar e o jovem encarnado a assinar o 0-3.

Um plantel com profundidade

Jorge Jesus sorria perante a eficácia da aposta. Um onze de recurso, provando que o plantel do Benfica tem profundidade para atacar em várias frentes. Sobretudo em duelos como este, em que o adversário parece macio, demasiado respeitador. Enfim, infeliz.

Artur Moraes regressou do balneário com o equipamento imaculado. Nem uma mancha. Nada. Luís Manuel arrancou um remate minutos depois, um raio de sol numa noite escura do Gil Vicente, e obrigou o guarda-redes a sujar-se.


Foi o melhor que a equipa de Paulo Alves fez em uma hora de jogo. Pouco para o mesmo onze que deixara boa imagem frente ao F.C. Porto, que obrigara o Sporting a suar para vencer, que dividira com o Moreirense o protagonismo de um dos jogos mais intensos da Liga (4-3). 


André Gomes para o futuro

O Benfica, sem dose de responsabilidade na noite de má fortuna do adversário, conseguiu até gerir esforços e dar confiança a unidades com menor rodagem no plantel. Jorge Jesus ganhou opções para o futuro, se dúvidas houvesse quanto à capacidade de Luisinho ou Ola John.

O lateral provou ser o mesmo que percorria todo o corredor em Paços de Ferreira sem vacilar defensivamente. Marcou até um golo com esse pendor ofensivo. Ola John entrou melhor, demonstrou sem um falso lento à moda antiga mas caiu um pouco na etapa complementar.

André Gomes é outra coisa. Jovem, ainda verde em determinados momentos do jogo. Mas o talento está lá e o futuro pode ser seu. Denotou nervosismo nos minutos iniciais, acabando por encontrar o ritmo certo e até aproveitar o desacerto defensivo dos locais para balançar as redes. Com o golo, veio a serenidade para acompanhar o potencial.

Enzo abriu espaço para a resposta

Três golos e pouca capacidade de resposta do Gil Vicente. O speaker de um estádio com apenas sete mil espectadores, porque o frio fez-se sentir e o fim do mês ainda não chegou, puxava pelos locais em vão.

Paulo Alves tentava o mesmo, lançando o gigante Yero ao intervalo, substituindo o improvisado Rafa Silva.

Seria Enzo Pérez, contudo, a agitar o encontro. O argentino, que estivera nos três golos do Benfica, viu dois amarelos em igual número de faltas, acabando por ser expulso de forma ingrata mas justa. Terá de evitar situações como esta, em que a equipa podia ter sido prejudicada.

Não foi. A formação encarnada, que esta noite equipou até de preto, sofreu mais sem sentir que o resultado estava em causa. Ao minuto 78, Yero acabaria por cabecear à trave, na melhor oportunidade dos gilistas. Pouco, ainda assim.

Triunfo natural da segunda linha, prova superada para os homens de Jorge Jesus. Noite para esquecer dos locais.

in Mais Futebol

sábado, 27 de outubro de 2012

Luís Filipe Vieira eleito novamente com esmagadora maioria

Luís Filipe Vieira foi reeleito presidente do Benfica, sendo o primeiro presidente da história do clube a cumprir quatro mandatos consecutivos.

Vieira recolheu a preferência de 18.139 dos 22.676 sócios votantes, o que corresponde a um total de 383.988 votos, naquelas que foram também as eleições mais concorridas de sempre no clube. 

Já em Rui Rangel, concorrente pela Lista B, votaram 3.744 sócios que valeram um total de 64.299 votos, traduzindo-se numa percentagem de 13,83 por cento.

O anúncio do resultado das eleições, feito pelo presidente da Assembleia Geral, Luís Nazaré, ficou marcado por protestos de alguns dos benfiquistas presentes e pelo rebentamento de um petardo no pavilhão N. 2 da Luz.

in A Bola

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Rangel promete título esta época, caso seja eleito

Rui Rangel prometeu esta noite, no jantar de encerramento da campanha eleitoral, que «o Benfica será campeão esta época» se for eleito presidente.

«Com a minha estrutura, o Benfica vai ser campeão já esta época», afiançou o líder da Lista B, perante cerca de cinco centenas de adeptos que marcaram presença na Voz do Operário, em Lisboa.

«Este é o maior desafio da minha vida enquanto homem e cidadão», realçou Rui Rangel, reiterando que vai «responsabilizar criminalmente o líder da Lista A» na sequência das acusações infundadas de que diz ter sido alvo por parte de Luís Filipe Vieira.

in A Bola

Europa: Sporting volta a perder, em jogo observado por Vercauteren

Leão entra a vencer, mas erros habituais deitam tudo a perder e é preciso um resgate europeu.
Um pouco melhor a atacar, igual a defender e o Sporting a ver a Europa a passar, pelo canto de um olho. Os leões perderam na Bélgica com o Genk e estão a cinco pontos de um lugar que lhes permita continuar nas competições da UEFA. Difícil, muito difícil.

Liga Europa: Classificação do Grupo GOs erros da defesa tiraram o tapete a esta equipa, a penúltima de Oceano. Franky Vercauteren já esteve na comitiva e certamente terá muitos apontamentos. Nem todos positivos, longe disso.O golo de Schaars lançou o Sporting para uma vantagem inicial que tranquilizava o leão. A presença do novo técnico, ainda que nas bancadas, parecia ter mudado a fortuna de uma equipa que demora a encontrar-se por mais que mude de psiquiatra. Remate do médio holandês, desvio num belga e bola no fundo das redes. Oceano respirava fundo. Imagina-se que Godinho Lopes também. Vercauteren via esperança em continuar na prova.

Assim foi o jogo
O Sporting mostrou depois que está numa fase de crescimento. Trocou bem a bola, serenou, com Adrien e Schaars muito bem no controlo do jogo. Só que o processo de aprendizagem deste leão parece ser feito a bater com a cabeça na parede. E isso dói. Rojo perdeu a bola onde não podia e permitiu uma transição rápida. Insúa e Boulahrouz retificaram, mas, no canto consequente, o central argentino deixou Nadson saltar e assistir De Ceulaer para o empate. É certo que o Genk já tinha avisado, mas estamos na Liga Europa. E nas ocasiões anteriores houve mais mérito belga do que o contrário. Na frente, repita-se, movimentos interessantes, com Pranjic a servir Jeffrén: a mancha de Van Hout salvou o 1-2.O intervalo chegava e havia a sensação de que os leões perderam uma vantagem preciosa, frente a uma equipa que ameaçava a espaços.

A bola para o satélite
O segundo tempo foi prova disso mesmo. O leão foi em busca do triunfo, mas a grande oportunidade a abrir foi para o lado belga: Ngongca atirou por cima, num lance que em Portugal ninguém viu. Talvez tenha sido a bola chutada pelo sul-africano na área leonina que atingiu o satélite da transmissão televisiva.O Sporting serenou, no entanto. Voltava a estar por cima e, mais do que isso, mostrava ter mais vontade em chegar ao golo, até porque a classificação assim o ditava. Fê-lo pé ante pé, com cautelas. Não foi um assomo total à baliza de Van Hout, mas parecia que podia chegar ao 2-1 mais cedo ou mais tarde.Só que o leão não se solta do erro. Viola decidiu mal numa vantagem numérica no ataque, o Genk recuperou a bola e Monrose fugiu a Boulahrouz. O holandês agarrou o adversário e viu o segundo cartão amarelo. Decisão certa e pesadíssima para o Sporting, que iria ficar sem chão quando Barda apontou, em novo canto e sem marcação, o 2-1 final.Em suma, o leão deu um sinal de esperança nos intervalos dos golos. Mas levou ao desespero novamente nos lances em que os sofreu. Está a cinco pontos do segundo lugar do grupo. É essa dureza dos números que separa o Sporting para o Videoton, da Hungria. A bola passa para Vercauteren, mas este leão precisa de ajuda externa para se manter na Europa do futebol. Alguém o resgata?

in Mais Futebol

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Vítor Pereira: "Nove pontos em três jogos não é para qualquer equipa"

Vítor Pereira mostrou-se orgulhoso com a exibição do FC Porto diante do Dínamo Kiev, enaltecendo a «entreajuda e entrega» evidenciadas pelos seus jogadores durante os 90 minutos.

«Primeira parte de qualidade e de nível. Não é fácil voltar à competição num jogo destes após duas semanas de paragem. Os jogadores estiveram muito tempo parados, sem competir e, naturalmente, não conseguimos ser tão fortes na segunda parte. A paragem é prejudicial, não era o jogo com o Santa Eulália que nos daria ritmo para um jogo destes», argumentou o treinador dos azuis-e-brancos, em declarações à Sport TV, notando que «os que vão às seleções e jogam mantêm o ritmo competitivo, os que vão e não jogam e os que ficam, não».

Vítor Pereira não disfarça o orgulho com o percurso cem por cento vitorioso do dragão na fase de grupos da Liga milionária.

«Nove pontos em três jogos na Champions não é para qualquer equipa, era o nosso grande objetivo e foi conseguido, a espaços, com qualidade e, noutros momentos, com sacrifício e espírito de entreajuda. Soubemos reagir mesmo depois do 2-2. Estou muito satisfeito com a entrega da equipa. Há que continuar e fazer o nosso percurso», apontou.

O Dínamo Kiev, salientou, «provou ser uma equipa de Champions e com qualidade». «Deu muito trabalho conquistar os três pontos», frisou Vítor Pereira.

in A Bola

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Champions: FC Porto vence Dínamo de Kiev, com muito sofrimento à mistura

Cha-cha-cha num Porto de reação. Jackson bisou na terceira vitória consecutiva dos dragões na Champions.
Um F.C. Porto de reação para o pleno vitorioso na fase de grupos da Champions (3-2). Nove pontos, tudo encaminhado. O Dragão tremeu com os primeiros golos sofridos da época mas descansou nos virtuosos pés de Jackson Martínez. Esta noite, o remédio para os problemas de ansiedade ganhou uma alcunha: cha-cha-cha. 

Cha-cha-cha. Remata de bicicleta à trave, mesmo com o jogo interrompido. Aguenta a carga e descobre o buraco da agulha, por baixo do corpo de Shovkovskiy. Marca. Vai ao balneário, reaparece, domina e remate estiloso, sobranceiro, ligeiramente ao lado. 

Cha-cha-cha. Oito golos, oito em dez, o registo inolvidável de outro colombiano que não Falcao, nada a ver, tudo em Jackson Martínez é outra coisa qualquer. Não dobra as costas, jamais, esquece a fita para o cabelo, usa as pernas longas que deus lhe deu e cria.

Cha-cha-cha. Inventa espaços, cai nos flancos, voluntaria-se sem se dar pela presença. Toca, foge, aparece. E marca. Marca quase sempre. São oito em dez jogos, um a valer a Supertaça, outros cinco na Liga, agora a estreia na Champions. A dobrar.

Foi dia de Jackson Martínez. Uma vez mais. Recebe um elogio público de Arsène Wenger, lê sobre a política de contratações do F.C. Porto, sobre a qualidade de Martínez e Rodriguez, o James. Partilha a história e combina algo: um golo colombiano na noite do Dragão. Mas não fica por ali. Faz mais. 

Há Martínez para cada problema

Minuto 36, Dínamo a adomercer o adversário. O coletivo procura soluções, não as encontra. James Rodriguez, o extremo que joga bem no centro, fala a língua do compatriota, faz um passe a saltitar porque sim, porque tem de ser. E serve. Agora Cha-cha-cha. Ele aguenta o embate, mantém a noção do espaço e resolver um problema. Aparece outro? Resolve de novo (78m), agora a passe de Lucho, conclusão, fácil, a valer. É craque.

O F.C. Porto entrara com pressão altíssima, discrepância gritante em relação à segunda linha de Vizela, frente ao Santa Eulália. Mandão, apressado, envolvente. Faltavam uns milhares de adeptos, é certo, que o fim do mês está à porta e a carteira já passa fome.

Silvestre Varela inaugura a contagem perante trinta mil espectadores, um quarto-de-hora volvido. Quinze minutos apenas e uma promessa de noite tranquila. Lucho tabela com Jackson e serve o português. Varela enche o pé, bola ao ângulo, golo. 

O Dínamo de Kiev, três pontos à partida para esta jornada, parecia acomodado. Aceitara o seu fado. Miguel Veloso transmitia as maiores sensações de perigo, em lances de bola parada, mas soava a pouco. Bastou.

Gerir para sofrer

Ao minuto 21, no meio de nada e de tudo ao mesmo tempo, Gusev fez o empate. Canto de Veloso, Mangala batido nas costas, Helton a ver, liberdade total para o golo de cabeça na pequena área. Desacerto total.

Surge então Jackson Martínez e o Dragão volta a respirar fundo. Controla, sem forçar. Gere, gere apenas, deixa perdurar aquela sensação de inquietude, o 2-1 basta-lhe, não se percebe. 

O F.C. Porto adormecera, não restavam dúvidas. Dividia-se entre o conforto do ataque, refrescado com a entrada de Atsu, e tremores defensivos a anunciar o pior. Helton salvou uma, Ideye marcou à segunda. 

Ideye permitiu a defesa do guardião portista ao minuto 72, quando Maicon e Otamendi saltaram à mesma bola, de cabeça, para entregar a mesma ao adversário. Logo depois, mais do mesmo, passe pelo ar e a defesa portista a ver jogar. Desta vez, o nigeriano não perdoou. Castigo para a casa.

Vítor Pereira reage, não reúne concenso mas tira Mourinho para lançar Defour. Deixa Lucho em campo. Acerta. Seis minutos após o tento ucraniano, a resposta. Bom passe de Danilo, Lucho González a correr como um jovem pela direita, passe com regra e esquadro, segunda assistência do jogo, Jackson a bisar (3-2).

O F.C. Porto reagiu de novo. Como mais gosta. Saiu por cima. Com cha-cha-cha.

in Mais Futebol

Vercauteren: novo treinador do Sporting

Antigo técnico de Anderlecht e Genk assina até ao fim da época (com um ano de opção) e tem estreia prevista frente à Académica. Amanhã assistirá ao jogo dos leões na Liga Europa ao lado do presidente Godinho Lopes.

À segunda tentativa de contacto de O JOGO, Franky Vercauteren, o treinador belga (55 anos) atado pelo Sporting até ao final da presente temporada (com mais uma de opção), pegou no telefone e atendeu. O técnico já estava em Lisboa para assinar contrato, apurou O JOGO, mas foi comedido nas palavras e fez um esforço para fintar revelações e promessas face ao desafio que o aguarda em Alvalade. 

Amanhã, quinta-feira, viajará com o presidente Godinho Lopes para Genk, na Bélgica, onde assistirá ao encontro dos leões na Liga Europa. "Sporting? Esperem para ver. Neste momento não estou em condições de dizer nada nem de confirmar nada. Vamos ver. Peço compreensão. Entendam a minha posição nesta altura, não estou confortável para falar à Imprensa portuguesa. Esperem pelo momento certo", reagiu a antiga glória do Anderlecht, equipa pela qual, já como técnico, celebrou a conquista de dois títulos belgas (2005/06 e 2006/07). Mais tarde, ao serviço do Genk (2010/11), venceria ainda um campeonato e uma Supertaça. A última equipa que treinou foi o Al Jazira, do Catar.

A empreitada que espera Franky Vercauteren em Alvalade é de respeito, e o belga não vai perder tempo: depois do jogo em Genk, regressa a Lisboa com a equipa que amanhã ainda será comandada por Oceano Cruz, seu futuro adjunto. A estreia ao leme dos leões deverá acontecer frente à Académica, em Alvalade, na próxima segunda-feira, dia 29 de outubro.

in O Jogo Online

Champions: Braga sai derrotado frente ao United, num jogo em que quase conseguiu o impossível

Minhotos sonharam durante 20 minutos, mas os ingleses estão demasiado habituados a esta situações.
Vinte minutos de silêncio total para deixar o Sp. Braga sonhar e 45 minutos de um inferno quente, quente, e alucinante no ritmo. Os minhotos caíram em Old Trafford depois de estarem a vencer por 2-0, mas encontraram um Manchester United demasiado forte para que o sonho perdurasse até ao apito final. Ficou, porém, a imagem de um clube que cresce a olhos vistos e que assustou o gigante britânico.

A entrada em Old Trafford foi tremenda. Alan surgiu do nada com a braçadeira na manga para fazer o 1-0, após cruzamento de Viana. O golo português, dizem os números, até era previsível. Pela oitava vez em 12 jogos na temporada, o United entrava a perder. Em seis dessas ocasiões, sofreu o 1-0 nos primeiros 16 minutos. Com o Sp. Braga não foi diferente, por isso, o melhor era esperar a reação inglesa.

Recorde o jogo AO MINUTO

O problema é que quem mandava no jogo não eram os Diabos Vermelhos de Manchester, mas sim os Guerreiros do Minho. Organização de um exército romano e uma lança apontada ao coração dos ingleses: Éder. O internacional português puxou da criatividade e, junto à linha, fez o que poucos jogadores ousaram em Old Trafford: um nó incrível em Carrick, com lampejos de Redondo naquele recinto, uma arrancada fulgurante para a área e a assistência a servir Alan para o 2-0. O segundo golo era, de novo, do capitão, que fez o favor de não falhar para que aquela jogada ficasse na memória.

Só que em Old Trafford vive uma equipa com décadas e décadas de futebol europeu, troféus, «glamour» e, acima de tudo, fé. O United é uma equipa demasiado habituada a situações adversas para desesperar com um 2-0 negativo. E quando Chihcarito Hernández reduziu aos 25 minutos, apenas cinco depois do bis de Alan, o Teatro dos Sonhos tornou-se num inferno. Começou por aquecer até ao intervalo, para na segunda parte ser escaldante.

O respeito do sir por um grande

Nani veio para o jogo. Ferguson queria explorar o flanco esquerdo do Sp. Braga. Mas mais do que a alteração, foi a intensidade típica de Premier League que deixou os minhotos em apuros. O ManUtd jogava num ritmo altíssimo, pressionava, rondava a área e encostava o Sp. Braga atrás. O golo parecia iminente, mas surgiu de onde menos se previa.

Num canto, confusão na área e o central Jonny Evans a empurrar a bola para o fundo da baliza de Beto. Nani tentou o 3-2 logo a seguir, com o compatriota da baliza minhota a responder com uma grande defesa. Só que Beto não pôde fazer nada quando Cleverley cruzou da direita e Chicharito Hernández saltou para o 3-2, atras de Nuno André Coelho e à frente de Salino. O United acordara o Sp. Braga para a realidade.

Alex Ferguson percebeu o adversário que tinha pela frente, tirou o mexicano dos golos e lançou Ryan Giggs. Depois do sofrimento, o treinador escocês não quis deixar escapar três pontos, perante um adversário que soube respeitar: por isso recuou linhas e os minhotos deram um assomo final à baliza de De Gea. Viana ainda rematou perto do ângulo, mas o triunfo já era inglês.

O Sp. Braga saiu derrotado de Old Trafford e no terceiro lugar do grupo, mas com a certeza de que este foi mais um passo no crescimento do clube. O respeito e as opções de Ferguson foram apenas as provas finais. Nesta noite, Old Trafford teve a visita de um grande.

in Mais Futebol

Champions: Benfica desilude frente ao Spartak em Moscovo

Sem alma e sem fulgor no sintético de Luzhniki.
Vida difícil para o Benfica depois da derrota diante do Spartak em Moscovo (1-2), resultado que remete a equipa de Jesus para o último lugar do Grupo G, com apenas um ponto, quando já jogou metade dos jogos. Uma situação que a equipa da Luz poderá começar a reverter, já na próxima semana, quando receber os russos em Lisboa.

A primeira parte foi um verdadeiro pesadelo para a equipa de Jorge Jesus que nunca conseguiu pegar no jogo, diante de um Spartak que, ainda sem pontos, dava tudo pela vida. O Benfica subia em bloco e tentava chegar à frente com passes longos, mas depois falhava nas transições defensivas. Enzo Pérez fechava sobre a direita, para compensar as subidas de Maxi, e Bruno César descaía para a esquerda, mas depois sobravam muitos espaços na zona central, demasiados para Matic conseguir controlar. Foi um mau passe do sérvio que permitiu ao Spartak abrir o marcador, logo aos três minutos, com Jurado a destacar-se e a oferecer o golo a Rafael Carioca.

Confira a FICHA DO JOGO

O Benfica não aprendeu e insistiu na mesma receita, com passes longos, mas sem nunca conseguir-se impor no último terço do terreno. Um mau passe de Jardel quase proporcionou o segundo golo ao Spartak e dava a ideia do desnorte na defesa do Benfica, que pagava a ausência de pressão do seu meio-campo. O ataque do Benfica mostrou-se, pela primeira vez, aos quinze minutos, com Salvio a encontrar Rodrigo na zona central e o espanhol a atirar uma «bomba» a rasar a trave. Mas era o Spartak que continuava a mandar no jogo, explorando bem as laterais, como foi o caso de Ananidze que bateu Melgarejo e cruzou para o coração da área onde surgiu Ari a desviar para a trave.

Na primeira vez que Salvio teve espaço sobre a direita, o Benfica empatou aos 32 minutos. Cruzamento bem medido do argentino para Lima surgir de rompante nas costas de Rafael Carioca e desviar de cabeça para as redes de Rebrov. O primeiro golo na Champions podia ser um sinal de viragem, mas não. O Spartak voltou a crescer e a criar sucessivos calafrios na área de Artur. De tanto insistir e perante tantos erros do Benfica, o Spartak acabou por recuperar a vantagem antes do intervalo, com Makeev a fugir a Bruno César na direita (onde estava Melgarejo?) e a cruzar tenso. Jardel na tentativa de se antecipar e Arim, desviou para as próprias redes.

Era preciso mudar e o Benfica mudou quando entrou na segunda parte, com um jogo mais pausado, com mais paciência para chegar à frente, mas a primeira oportunidade voltou a pertencer aos russos, num desvio de calcanhar de Ari que quase enganou Artur. Mas agora o Benfica tinha mais bola, subia de forma mais controlada, com Enzo Pérez a aparecer mais no jogo. Jesus procurou alimentar o ataque com as entradas, em simultâneo, de Gaitan e Cardozo, mas a ascensão do Benfica correspondia à retração do Spartak, cada vez mais recuado sobre a sua área.

Os russos ainda tentaram sair em contra-ataque, mas com os minutos a correr, concentraram-se sobre a área de Rebrov na defesa do resultado que os mantinha na corrida para os oitavos. Salvio esteve perto do empate, Lima também e a tensão foi crescendo até ao jogo terminar, já com Ola John em campo, com um pequeno «sururu» junto à linha.

Uma derrota num terreno onde o Celtic venceu, mas que não decide nada. O Benfica fica numa posição delicada, obrigado a vencer os dois jogos que ainda tem em casa, mas pode continuar a sonhar com uma presença nos «oitavos».

in Mais Futebol

terça-feira, 23 de outubro de 2012

José Couceiro apontado como hipótese por Godinho Lopes

O presidente do Sporting, Godinho Lopes, apresentou um convite a José Couceiro para que este fique com a pasta do futebol a seu cargo.

Segundo avança a RTP Informação, o convite terá sido formulado pelo presidente Godinho Lopes e poderá acumular a função de manager com a de treinador, trabalhando em parceria com Oceano Cruz. 

Recorde-se que Couceiro foi diretor desportivo do Sporting em duas fases. A primeira ocorreu na época 1997/1998 tendo regressado a Alvalade em 2010, acabando por desempenhar as funções de treinador com a saída de Paulo Sérgio. 

Couceiro, de 50 anos, está desempregado, depois de ter abandonado o comando técnico do Lokomotiv de Moscovo em maio.

in Futebol 365

Cardozo em dúvida para jogo com Spartak

Após cerca de mês e meio de ausência, devido a lesão, Óscar Cardozo reapareceu na passada quinta-feira em ação, marcando até um dos golos na vitória sobre o Freamunde (4-0). Jorge Jesus assume agora que está na dúvida se lança ou não o avançado paraguaio a titular diante do Spartak.

«O jogo com o Spartak deverá ter características diferentes para avançados como o Cardozo, mas é um jogador muito importante em várias situações do jogo, nomeadamente nas bolas paradas, tanto a nível ofensivo como defensivo. Por vezes, esses pontos são mais importantes para as minhas decisões, mas ainda é uma dúvida que tenho», referiu Jorge Jesus, já depois de lembrar que o jogador esteve cerca de mês e meio parado, pelo que ainda acuse alguma falta de ritmo.

in A Bola

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Benfica vai utilizar equipamento alternativo contra o Spartak

Equipamento alternativo do Benfica (foto )O Benfica irá envergar, na terça-feira, o equipamento alternativo frente ao Spartak Moscovo, em jogo da terceira jornada do Grupo G da Liga dos Campeões.

Este será o terceiro jogo dos encarnados na «Champions», após o empate frente ao Celtic (0-0) e a derrota diante o Barcelona (2-0).

Por seu turno, o Spartak soma duas derrotas na presente ediçao da Liga dos Campeões, tendo perdido, em casa, os embate frente ao Barcelona (2-3) e Celtic (2-3).

in A Bola

Sporting falha promessa de vitórias e é eliminado da Taça

A noite de um tal de Pablo, o matador do leão.
Absurdo, espetacular, esquizofrénico, encantador. Tanto para contar, tanto para usufruir, tanto para entender num grande jogo de futebol em Moreira de Cónegos. Caiu o Sporting no prolongamento, sobreviveu o Moreirense. Os leões continuam sem encontrar o caminho da felicidade, pese a melhoria evidenciada. 

No instante em que Anilton, aos 120 minutos, tirou em cima da linha de golo, com a cabeça, um pontapé de Adrien Silva condenado ao golo, percebeu-se que a aura negativa a envolver este Sporting já vai para além na normal compreensão humana. 

O jogo foi nobre, disputado nos limites, ritmado por contatos físicos duros e abrilhantado em momentos de grande espetáculo. Não houve uma linha de domínio lógico, nem sequer estabilidade exibicional nas duas equipas. 

Houve, isso sim, um desejo incontrolável, sôfrego, de abraçar um resultado positivo. De parte a parte. O Moreirense acabou por errar menos, foi mais inteligente em determinados períodos da partida e tudo resolveu com um golo de Wagner aos 98 minutos. O Sporting já não teve pernas para corrigir o défice. 

Destaques: Olivera, Rinaudo e Ghilas

Para aí chegarmos, porém, somos obrigados a entrar num verdadeiro mundo de desvarios e aventuras. A personagem principal chama-se Pablo Olivera e apresentou-se ao país com dois golos fenomenais, quando o Moreirense perdia por 1-0.

Pablo, Pablo Olivera, tinha 68 minutos no campeonato até entrar neste universo de maravilhas. Empatou o jogo com um pontapé furioso ao ângulo esquerdo e fez o 2-1 ao desferir um arco que tinha todo o ar de triunfo. 

O jogo, porém, não estava para confirmações de espécie alguma. As ameaças surgiam de todo o lado. As bolas esbarravam nos ferros (Ghilas e Ricardo Fernandes para o Moreirense, Pranjic para o Sporting), o sobressalto era permanente e a incógnita uma dádiva para os amantes do jogo.

O Moreirense, aliás, ainda desperdiçou uma grande penalidade. Rui Patrício voou para a esquerda e sacudiu para fora o pontapé previsível de Ricardo Pessoa. 

Mais do que tática, estratégia ou pensamento, interessava a atitude, o ardor, o sangue a ferver nas veias. Bola cá, bola lá, muitos lances de confusão extrema e, a dez minutos do fim, o Sporting a ser premiado com um golo do tão criticado Ricky van Wolfswinkel. 

FICHA DE JOGO e o AO MINUTO

Este 2-2 recompensava, em parte, a maior estabilidade emocional do Sporting. Os jogadores pareciam mais direcionados no que realmente interessava, mais equilibrados nas suas ações e com sentido de missão. 

Santiago Arias era a novidade à direita, Elias-Schaars-Rinaudo voltavam a ser o meio-campo, Jeffrén desperdiçava mais uma oportunidade. As ideias eram aparentemente certas. Revelar-se-iam, no entanto, insuficientes para deixar de lado a onda profundamente preocupante que inunda o emblema de Alvalade. 

E, depois, apareceu um senhor que não estaria, à partida, nos planos dos organizadores do certame. Me llamo Pablo, qué hago aquí? Para já, golos. Maravilhosos, num espetáculo com tanto de burlesco e excitante, como de convidativo ao elogio fúnebre. 

Ou será que Oceano resiste? 

in Mais Futebol

domingo, 21 de outubro de 2012

Zamorano considera Messi melhor que Ronaldo

O antigo avançado chileno Iván Zamorano, que representou o Real Madrid entre 1992 e 1996, não tem qualquer dúvida em considerar que Messi e Ronaldo são os dois melhores jogadores do Mundo, mas mostra-se inclinado a escolher o avançado argentino em detrimento do português.

Zamorano está de regresso a Espanha, onde na noite passada assistiu nas bancadas ao jogo entre Real Madrid e Celta Vigo (2-0). Antes já se mostrara admirador do estilo do Barcelona, agora vem a preferência por... Messi em detrimento de Ronaldo.

«São os dois melhores jogadores do Mundo. É difícil optar por um, mas creio que Messi está um pouco acima de Ronaldo», referiu Zamorano, porém deixando elogios ao internacional português: «Continua a fazer grande diferença. Ao vê-lo jogar, desfrutamos ao máximo.»

in A Bola

Porto sonolento vence Sta Eulália por vantagem mínima

Longo bocejo do dragão.
Sonolento. O F.C. Porto segue para a 4ª eliminatória da Taça de Portugal sem ter passado verdadeiramente por Vizela. Longo bocejo dos jovens dragões, com raros motivos de entusiasmo para os adeptos que acompanharam a equipa. Mérito tremendo do Santa Eulália, justificando a diferença mínima no marcador (0-1).

Vizela foi o centro do mundo eulalense, casa emprestada para a receção ao campeão nacional. O CCD Santa Eulália, promovido este ano à III Divisão Nacional, não conseguiu colocar o relvado em tempo útil no seu recinto e teve de promover a festa da Taça no reduto do F.C. Vizela.

Foi festa bonita, sim senhor, de gente humilde que não quer deixar má imagem. Pequenas falhas na organização e na acomodação de jornalistas sem afetar o panorama geral: bom ambiente e entusiasmo para um jogo da 3ª eliminatória da Taça de Portugal que soube a final da Liga dos Campeões para os visitados.

O F.C. Porto apresentou-se em Vizela com a atitude possível, a mensagem forte do treinador e o natural relaxamento de algumas unidades, elementos afetados pela pouca qualidade do relvado e pela discrepância de forças entre as duas formações.

Oportunidade desperdiçada

Vítor Pereira encheu o seu onze de jovens e cativou-os com uma oportunidade única. Jogar de início e comprovar o potencial. A expetativa dos adeptos ditou uma enchente do recinto, com cerca de seis mil espectadores nas bancadas. Alguns terão ficado desiludidos com a apatia e falta de clarividência dos jovens dragões.

Quiñones, Kelvin e sobretudo Iturbe, por exemplo, parecem demasiado verdes para aparecer no onze do F.C. Porto em outro tipo de competições. O lateral colombiano, em estreia, denotou insuficiências na colocação defensiva, sobressaindo apenas no apoio ao ataque.

Kelvin aguentou apenas uma hora em campo, mostrando boa vontade pontual e falta de capacidade de remate. Quanto a Iturbe, talvez a maior esperança infundada nesta visita a Vizela. Muita corrida e pouco futebol perante um adversário relativamente acessível.

Por aqui se explica a entrada fraca dos dragões, frente a um Santa Eulália bem organizado e de coração aberto para o confronto entre David e Golias. Vestiu a pele sem tremer, sem estragar a festa e reduziu-se ao papel de figurante.

A equipa de João Fernando tem alguns nomes interessantes, como André Cunha. A seu lado, o redondinho Nélson, com excesso de peso e qualidade nos pés, uma figura graciosa com a bola e estranha sem ela. Arrancou alguns sorrisos e vários passes de bom nível.

Danilo desperta do sono

O jogo corria devagarinho, sem pressão, o F.C.Porto à espera de algo, de um momento de inspiração. E ele veio à meia-hora, dos pés de Danilo, que fintou para dentro e disparou com o pé esquerdo, o mais fraco, bem colocado. Golo.

O 0-1 sossegou os escassos corações azuis e brancos com problemas de ansiedade. Soava a pouco mas parecia suficiente. O Santa Eulália nunca se rendeu, deu-se até ao luxo de trocar um central por um avançado na etapa complementar mas pouco incomodou Fabiano. Fê-lo apenas ao minuto 48, num cruzamento perigoso de André Cunha.

Christian Atsu, o mais clarividente entre os jovens portistas, ia mantendo a defensiva contrária em sentido.Já na etapa complementra, o ganês fez um truque de magia, rodou sobre dois adversários e rematou na passada. Bola na trave, depois no chão, talvez dentro mas não valeu. Seguiu o jogo, diferença mínima no marcador.

Vítor Pereira mexeu no esquema e deceções como Quiñonez, Kelvin e Iturbe saíram com naturalidade. Oportunidade para ver Sebá, brasileiro da equipa B que tem igualmente capacidade para ser solução a médio prazo. Incisivo com a bola e bela presença física. 

O jogo terminou com assobios perante a resignação portista e suadas tentativas do Santa Eulália em busca de um milagre. Em vão. Benício construiu ainda um lance de fino recorte, nos últimos segundos, mas Tiago Monteiro não conseguiu aproveitar.

in Mais Futebol