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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Sporting com mais uma má exibição frente ao Académica (0-0)

Um retrato fiel do pior leão para Vercauteren ver.
Francky Vercauteren deve ter ficado com os cabelos em pé depois ter assistido ao empate do Sporting frente à Académica em Alvalade. Uma exibição confrangedora, sem ponta por onde se pegue. Como é que é possível que uma equipa [definição generosa] que já realizou treze jogos oficiais esta época continue a jogar desta forma? Sem qualquer intensidade, sem automatismos, sem uma ideia de jogo? No final, mais assobios e pedidos de demissão para Godinho Lopes. 

Confira a FICHA DO JOGO

Esta noite, Oceano Cruz baralhou as cartas, mas manteve a coerência que os leões têm transmitido, pela negativa, desde o início da época. Lançou Arias na Liga, ofereceu a titularidade a Viola, mas em campo nada mudou. A equipa estendeu-se no relvado no habitual 4x3x3, com Rinaudo e Schaars colados um ao outro e Adrien ligeiramente mais adiantado, entre Viola e Pranjic, no apoio a Wolfswinkel. Faltou depois tudo o resto: pressão, velocidade, compensações, desmarcações. Nada aconteceu, a não ser uma sucessiva troca de bolas, sem qualquer intenção, sempre previsíveis, ao ponto da Académica intercetar muitas delas e de ter criado as melhores oportunidades da primeira parte.

Os destaques do jogo

Ao longo de todo o primeiro tempo, os leões não conseguiram somar mais do que dois remates frouxos de Viola e uma cabeçada inofensiva de Insúa. De resto, foi uma espetáculo deprimente, uma sucessão de equívocos, uma mão cheia de nada. Valeu aos leões uma Académica fragilizada por muitas ausências, muito longe daquela que roubou a taça aos leões no final da última temporada. Os estudantes chegaram muitas vezes à área de Patrício em vantagem, estiveram perto do golo numa cabeçada de Cissé, mas também caíram no jogo melancólico que se assistiu esta noite em Alvalade.

Não pode ser pior...ou pode?

Francky Vercauteren, que assistiu ao jogo da bancada de imprensa, não pode ter gostado do que viu. A verdade é que se levantou antes do intervalo (terá descido aos balneários?) e Oceano trocou Arias, que mal se viu na primeira parte, por Gelson Fernandes, um médio que a imprensa suíça garante que em janeiro está de volta ao Sion. Em teoria, não podia ser pior do que a primeira parte. Mas foi. O início da segunda parte ficou marcado por uma sucessão de maus passes e os adeptos, que até aqui tinham estado a apoiar a equipa, perderam a paciência. Assobios e o tradicional «joguem à bola», agora com uma nova melodia, passaram a fazer parte da banda sonora deste triste espetáculo.

Assobios mais intensos para a saída de Adrien e os primeiros aplausos para a entrada de Izmailov, mas logo a seguir, depois de mais um mau passe de Gelson, Marinho destacou-se e quase bateu Rui Patrício com um «chapéu». A bola queimava nos pés dos jogadores do Sporting, ninguém a queria e, quem a recebia, queria despachá-la o mais depressa possível para o companheiro do lado. A atrapalhar, uma chuva que caia cada vez com mais intensidade e Boulahrouz lesionou-se quando Betinho estava pronto para entrar. Oceano hesitou, mas lançou o jovem avançado na mesma, com Rinaudo a recuar para ajudar Rojo a tapar o buraco na zona central.

Completamente desequilibrados, os leões atacaram com o coração e o jogo ganhou, finalmente, alguma emoção, com a Académica a tentar aproveitar o total desacerto do adversário nas transições defensivas. O jogo ganhou velocidade, mas o jogo continuou a ser pobre, muito pobre. Oceano despede-se com três derrotas e um empate. Francky Vercauteren, que amanhã herda uma equipa com sete pontos em sete jornadas, tem muito trabalho pela frente, falta saber se vai ter tempo e a paciência dos adeptos para isso.

in Mais Futebol

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