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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Taça Portugal: Sp. Braga vence Pampilhosa (1-3) na Bairrada

Cabeça de Leitão na Mealhada não chegou para tombar o gigante. Pampilhosa ainda abanou um pouco os minhotos, mas uma abordagem séria valeu uma qualificação justa e natural.
Foi ao som do Intercidades, e de outros comboios, cuja linha passa mesmo por trás do estádio municipal da Mealhada, casa emprestada do Pampilhosa, que José Peseiro voltou a encontrar-se com esta equipa da região da Bairrada. 

Tal como em 2005, quando comandava o Sporting, o técnico carimbou a passagem à próxima eliminatória da Taça de Portugal, mas sentiu muito mais dificuldades desta feita. A formação do distrito de Aveiro (e não do de Coimbra, pese a maior proximidade à cidade estudantil) fez peito até onde pôde e, como prometera, dignificou a partida. 

De fatiota nova, daquelas com os nomes dos jogadores nas costas como as da I Liga, os ferroviários (há alcunhas tão bem metidas, não há?) deram tudo o que tinham, até uma cabeça de Leitão, prático típico da região, mas os minhotos mantiveram-se sérios. Triunfo natural, portanto, porém suado. 

Chegar rapidamente aos 0-2, com menos de 20 minutos de jogo, ajudou sobremaneira, pese a aproximação do adversário no marcador. Os minhotos desperdiçaram então uma série de oportunidades, o guardião da casa brilhou, e, mesmo sobre o apito final, chegou finalmente o terceiro golo, ainda que com alguma polémica à mistura quanto à sua legalidade.

Poupar sem correr riscos

As imensas dúvidas do treinador bracarense sobre a disponibilidade dos jogadores que estiveram ao serviço das seleções, sobretudo o contingente que viajou para o Gabão, só ficaram desfeitas bem perto da hora do jogo. A solução foi apostar num «misto».

Sem correr demasiados riscos (Hugo Viana e Hélder Barbosa foram mesmo titulares, além de Alan ou Douglão), mas com margem para dar minutos a alguns elementos menos utilizados ou vindos de lesão (Haas, Djamal ou Carlão), os bracarenses demoraram pouco mais de 10 minutos a abrir o marcador. 

Recorde o AO MINUTO do jogo

Peseiro poupou alguns trunfos para o decisivo jogo de terça-feira, na Roménia, casos de Beto, Custódio e Éder, que nem figuraram na ficha, enquanto Rúben Micael e Rúben Amorim não saíram do banco. Afinal, havia razões para gerir a equipa, mas o Pampilhosa vendeu cara a eliminatória.

O jogo ainda animou quando Leitão reduziu a desvantagem para 1-2, para gáudio das gentes locais, mas os arsenalistas só tiveram de puxar um pouco mais dos galões para segurar a vitória. Antes, Alan fizera o 0-2, de grande penalidade, e talvez por isso a equipa bairradina tenha decidido perder de vez o respeito ao adversário.

Confira a FICHA e as NOTAS dos jogadores

A postura valeu ainda alguns sustos a Quim, quando os bracarenses baixavam um pouco a guarda. O plano, de resto, passava por tentar «matar» o jogo logo no início da segunda parte para que a equipa pudesse, finalmente, começar a pensar no jogo com o Cluj.

Eduardo, guarda-redes da casa, foi dizendo não às várias tentativas arsenalistas e os azuis e brancos da Pampilhosa fizeram o favor a todos os presentes (mais aqueles que acompanharam o encontro pela televisão) de continuar a alimentar o sonho. Ganhou o espetáculo. Agradeceu toda a gente.

Louve-se ainda a atitude do treinador Fernando Niza que, mesmo na bancada, por ter sido expulso, não teve pejo em meter mais avançados, arriscando uma goleada para conseguir «cheirar» o empate. Esteve perto em algumas ocasiões.

0 1-3, apetece dizer, acabou por ser um castigo demasiado pesado para os corajosos homens da Pampilhosa. Ainda por cima, nem ficaram certezas se a bola entrou mesmo...

in Mais Futebol

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