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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Champions: Benfica em grande forma vence Celtic de Glasgow

O futebol às vezes é tão justo!
Missão cumprida! O Benfica venceu (e venceu bem), garantiu pelo menos o terceiro lugar e a verdade, por muito que pareça quase impossível, é que continua a depender de si seguir em frente. Não ficaram dúvidas na Luz sobre a qualidade das duas equipas nem sobre o talento individual dos jogadores encarnados, mas a verdade é que o empate em Glasgow e a derrota em Moscovo ainda colocam o conjunto de Jorge Jesus em dificuldades no apuramento.

Boa entrada, o pontapé de canto do costume e mais um grego feliz na Luz, com vista grossa de Viktor Kassai pelo meio, e o regresso do sofrimento até Luisão assistir Garay para o golo do triunfo. O Celtic esteve sempre focado nas compensações, tentando evitar desequilíbrios no seu meio-campo, esperançado num golpe de génio de Samaras, ou de uma bola perdida na desconcentração da defesa encarnada. Só que desta vez os deuses foram justos.

As contas eram simples. A vitória deixava tudo aberto para a última jornada, em Camp Nou e Celtic Park. O empate a zero era mau, obrigava a contas complicadas de se fazer devido ao valor das equipas; uma igualdade com golos ou a derrota apurava imediatamente os escoceses. 

Jesus manteve-se fiel às suas ideias, desenhadas na conferência de imprensa do dia anterior. Apostou em duas duplas de sucesso, Luisão-Garay e Lima-Cardozo, mas deixou André Almeida no lado direito da defesa, apesar de ter Maxi Pereira. Do outro lado, Lennon usou o «four-four-two» habitual com Samaras e Hooper na frente.

Salvio no início de quase tudo

O Benfica chegou ao golo aos sete minutos, libertando em cedo toda a ansiedade. Salvio, que esteve em quase todas as jogadas perigosas da equipa de Jorge Jesus, insistiu sobre uma bola que parecia perdida, arriscou o cruzamento e, apesar de Cardozo estar bem vigiado por Brown, o escocês tocou-a para a frente onde estava Ola John. O holandês rematou forte e Forster, que tantos milagres fez em Glasgow frente ao Barcelona, foi batido.

Aos 30 minutos, Cardozo teve nos pés o 2-0. Salvio a ganhar a bola duas vezes a adversários e, em zona frontal, a ter o discernimento ainda para um passe de morte para o paraguaio, que reagiu bem mas com pontaria um pouco desafinada, acertando nas malhas laterais.

Dois minutos depois, os escoceses festejaram um canto como se golo fosse. E tinham razão. Na mesma baliza onde Charisteas acabou com os sonhos do título europeu português, Samaras fez o empate. Pelo meio, Artur bem ergueu os braços, a protestar uma obstrução evidente, que tinha tornado, centésimos antes, o golo ilegal.

E, finalmente, acaba-se a resistência

Os jogadores do Benfica demoraram a reagir, ainda chocados por aquele erro de principiante de Viktor Kassai (exibição muito instável), mas quando respiraram fundo encostaram os escoceses bem lá atrás. O jogo pedia um golo antes do intervalo e Ola John esteve quase a fazer-lhe a vontade. Salvio novamente no início de tudo, com Lima a não chegar e Forster a negar com o corpo o bis ao rival.

A pressão intensificou-se, como seria de esperar, no segundo tempo. As jogadas de perigo sucediam-se. Matthews fez de Forster aos 53 minutos sobre a linha, após jogada enorme de Lima. Luisão atirou por cima aos 59. Salvio não chegou em zona frontal a um bom cruzamento da esquerda de Lima aos 70. E, adivinhava-se, o golo. Aos 71, quando Salvio trocava de caneleira - só assim pôde ficar de fora da jogada -, Matic cruzou para a área. Luisão ganhou às torres escoceses e colocou-a em Garay para o 2-1.

Sem conseguir matar o jogo, com Salvio a acertar na trave (80) e Cardozo a obrigar Forster às duas defesas da noite num livre direto (84) e numa jogada de génio já perto do fim (89), o Benfica correu riscos e teve de sofrer nos minutos finais para levar a decisão para a última jornada. Para já, segue com os mínimos garantidos: a Liga Europa já ninguém lhe tira.

in Mais Futebol

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