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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

FC Porto vence Académica (2-1) e mantém-se líder

Paciência de chinês até à vitória.
Não deve ser à toa que um dragão chinês se passeia, ano após ano, na apresentação dos homens que o F.C. Porto vai levar a novas batalhas. Esta equipa tem, de facto, paciência de chinês. Uma virtude extra que não convém banalizar, porque o coração só atrapalha em batalhas cerebrais. E este F.C. Porto, com muita cabeça e sem nervosismo, chegou para bater a Académica organizada que viajou até à Invicta (2-1). 

Ainda não deu para ver, aliás, se este F.C. Porto tem plano B. A fórmula inicial, a mesma que goleou o Beira-Mar e o Marítimo e que chegou para garantir o apuramento na Champions ao quarto jogo, vai valendo para as encomendas. Pode até vacilar, não sair bem à primeira, à segunda ou à terceira, mas a equipa de Vítor Pereira tem os padrões de jogo bem formulados. É fiel e resistente. É assim, tem de ser assim e vai ser sempre assim. Acabará por entrar. 

E acabou. Aliás, era até algo previsível que assim o fosse, uma vez que a Académica ia sendo eficaz atrás porque o F.C. Porto também não mexia muito. O primeiro tempo foi pouco intenso. Muita bola, muita posse, mas também mastigação excessiva. Às vezes vale mais ir direto ao assunto. Mas, lá está, é uma questão que não está no livro de estilo desta equipa, que já vem do tempo de André Villas-Boas e, embora adormeça de quando em vez, vai mantendo a constância. 

FICHA DE JOGO

Se nos centrarmos na história, também era esperado que o F.C. Porto lá chegasse. A Académica não ganha no Dragão há 41 anos, o F.C. Porto marca há mais de 50 jogos seguidos em casa, para o campeonato. Estatística, é certo.

Mas, se a estatística não ganha jogos, o bom futebol serve para isso mesmo. E se no primeiro tempo só Jackson Martínez, num chapéu que saiu ao lado, tinha dado um sinal do melhor F.C. Porto, a segunda parte foi diferente. Para melhor.

James, o agente secreto do Dragão, deixou que o rival o sentisse adormecido, face ao que (não) produziu no início. E deu o primeiro golpe. A abertura de Lucho é boa, mas a forma decidida como James foi ao lance, já só com a baliza em mente, fez o resto. 1-0 para o F.C. Porto. A paciência dava frutos. Os primeiros.

A partir daqui uma eventual surpresa caiu para o poeirento saco das raridades. A Académica tinha sido pouco mais do que inofensiva no ataque. Apostava as fichas na concentração defensiva e não dava para tudo. Era de esperar o segundo. Talvez não se adivinhasse que seria tão belo. 

Moutinho, a figura do jogo (destaques)

João Moutinho, o tal que faz poucos golos, viu uma nesga de espaço para onde poderia tentar meter a bola. Pontapé forte e festa no Dragão. Jogo decidido. 

A paciência voltava a resultar, Vítor Pereira podia sorrir porque o seu caminho continuava a ser o melhor. O jogo ia ser azul e branco, mais uma vez. James tinha renascido de uma primeira parte tristonha, Moutinho voltava aos golos. Só não era perfeito porque a baliza do Dragão sofria o primeiro golpe na Liga, com o golo de Wilson Eduardo, num lance em que Helton poderia ter feito mais alguma coisa. 

Antes, Christian Atsu, numa perdida imperdoável, não fez o terceiro na cara de Ricardo. Sentiu o peso do Dragão em cima e intimidou-se. Dores de crescimento. O golo da Académica não alterou o rumo traçado pela entrada portista na segunda metade. 

Era mais uma vitória da paciência. A regra para os lados do Dragão. E a verdade é uma: se está a dar frutos, para quê mudar?

in Mais Futebol

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