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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Liga Europa: Atlético Madrid cai em Coimbra. Académica vence por 2-0

Pensavam que era impossível? O Atl. Madrid não perdia há mais de um ano na Europa, mas teve de se inclinar em Coimbra.
Era impossível? O Atlético de Madrid não perdia há 16 jogos para as provas da UEFA, só tem uma derrota esta época, está no segundo lugar da Liga espanhola, é o detentor da Liga Europa e conquistou a última Supertaça Europeia? Esqueçam tudo isto.

Esta quinta-feira fez-se história em Coimbra. A Académica de Pedro Emanuel está, decididamente, talhada para os grandes momentos. Fez o impensável: derrotou o poderoso colosso europeu e com uma tranquilidade... impressionante.

A senhora Briosa está de volta às grandes noites europeias, 43 anos depois da última vitória internacional e, acreditem, mantém em aberto todas as possibilidades de agarrar o segundo lugar do grupo e passar à próxima fase. 

Quem diria?

Atlético abusou das experiências

Uma olhadela rápida pela constituição das equipas deixou claro que enquanto os portugueses iriam levar este jogo muito a sério, apostando nos melhores do momento, já os espanhóis mantiveram o hábito de gerir o plantel na prova. Mas, desta vez, se calhar, Simeone foi demasiado longe.

Sílvio e Tiago eram esperados no onze, mas, o resto, eram nomes muito pouco conhecidos, jovens da chamada «cantera», que teriam em Coimbra a oportunidade de ganhar um lugar entre os mais crescidos. 

Recorde o AO MINUTO do jogo

Talvez por isso, ou por alguma descompressão natural de quem está perto do objetivo (um ponto bastaria ao Atlético para obter já a qualificação), os «colchoneros» abordaram o jogo em lume-brando. 

Aceitaram o convite a ter bola e foram-na guardando, mas com muito pouca intensidade, ou intencionalidade, nas suas ações. A Académica, claro, sentia-se confortável perante este cenário e aproveitou para contra-atacar. 

Nem sempre o fez com a lucidez necessária, o perigo criado era relativo, mas ao menos ia tentando colocar o colosso espanhol em sentido. Cleyton experimentou um pontapé de ressaca, Cissé escorregou quando tinha o golo à mercê, e, logo a seguir, Wilson abriu mesmo o marcador. 

Confira a FICHA e as NOTAS dos jogadores

Explosão de alegria na bancada e a prova de que, afinal, o Atlético de Madrid também podia ir ao tapete. Os espanhóis tentaram reagir, mas saiu-lhe mais do mesmo: muita confusão de ideias, pouca velocidade, quase um mar de rosas para a defesa da Briosa.

Tudo se alterou com o raspanete que Simeone terá, por certo, aplicado nos seus jovens pupilos ao intervalo. Ricardo teve de mostrar serviço em dois lances consecutivos, face à avalanche de futebol de ataque dos madrilenos, sobretudo pelo ar. 

A Académica, todavia, soube suportar a reação natural dos espanhóis e, como já vai sendo hábito, mostrou muito mais futebol na segunda parte. Ligou melhor o jogo, afinou a contra-ofensiva e, graças à clarividência de Cleyton, que descobriu Cissé na área, obrigando Pulido a fazer penalty, a chegou ao 2-0. Começava a cheirar a três pontos para os de Pedro Emanuel. 

Ato contínuo, os cerca de 30 adeptos «colchoneros» presentes na bancada recolheram a trouxa e foram embora, com esta para contar aos netos... Como foi possível? Acreditem, aconteceu mesmo.

in Mais Futebol

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