Di Matteo como Mourinho há dois anos: Guardiola perde a segunda final em três anos e o Barça torna-se menos encantador.
José Mourinho não esteve em Camp Nou, mas é impossível não pensar nele neste momento: depois de ter afastado o Barcelona da luta pelo título no último sábado, eliminou-o da final da Liga dos Campeões esta terça-feira. Ou pelo menos a tática dele eliminou: lembram-se de como foi em 2010?
O Chelsea de Di Matteo foi uma cópia do Inter de Mourinho: e o Barça cai pela segunda vez nas meias-finais da Champions em três anos. A maior diferença esteve no resultado, este Chelsea fez dois golos em Camp Nou, o Inter não conseguiu nem um. De resto sobraram muitas semelhanças.
O Chelsea ficou (tal como o Inter há dois anos) muito cedo reduzido a dez jogadores: John Terry fez uma asneira de todo o tamanho, agrediu Alexis com uma joelhada e viu o vermelho. Justamente fica fora da final de Munique. Com isso obrigou a equipa a jogar uma hora com menos um jogador.
Também por isso o Chelsea, como o Inter há dois anos, praticamente abdicou do ataque, colocando todos os jogadores num curto espaço de terreno, imediatamente à frente da grande área: dez atletas em duas linhas muito juntas e um avançado a fazer de lateral (Etoo no Inter, Drogba no Chelsea).
Depois sobraram heróis. Petr Cech, por exemplo. Defendeu tudo o que podia, numa exibição de mão cheia. Inesquecível, por exempo, a defesa muito perto do fim a desviar um remate de Messi para o poste. Mas houve mais: Drogba foi enorme e Ramires brilhou mais do que todos num golaço.
Raul Meireles foi também ele enorme, como todos os colegas, no sacrifício de defender sem parar e Bosingwa, que entrou para jogar a central, fez um jogo quase sem erros. Para Meireles, porém, a Champions acaba aqui: o amarelo aos 88 minutos retira-o do jogo mais desejado, em Munique.
Tiki-taka-tiki-taka... bum
O Barcelona entrou no jogo a atacar e a mandar uma bola às malhas laterais. Pouco depois Petr Cech roubou o golo a Fabregas. O Chelsea não rematava e justamente sofreu o primeiro golo: Busquets finalizou um centro de Daniel Alves. Pouco depois Messi lançou Iniesta, que fez o 2-0.
Pelo meio já John Terry tinha sido expulso por uma estupidez. O Barça, portanto, estava na frente e com a eliminatória na mão. Mas foi aí que surgiu Ramires: recebeu um lançamento de Lampard e só com Valdés pela frente fez-lhe um chapéu fantástico. Um golo lindo, no primeiro remate da equipa.
A segunda parte abriu com um penalty (duvidoso) para o Barça, que Messi desperdiçou: o argentino atirou à trave. O melhor do mundo desaparecia a seguir do jogo e confirmava que esta não é a época dele, nos dois jogos fundamentais do formação catalã esta época, Messi não conseguiu resolver.
Apesar de tudo, e mesmo sem jogar bem, o Barcelona continuou a sufocar o Chelsea. Cech manteve o sonho. No fim, já nos descontos, Fernando Torres fica para trás e aproveita o balanceamento do adversário para receber uma bola, correr longos metros e sentenciar a eliminatória marcando o 2-2.
Curiosamente o Chelsea elimina o Barça com três golos nos descontos: um em Londres, um na primeira parte de Camp Nou e outro na segunda. Este Barça pode ter encerrado um ciclo. Em dois jogos o tiki-taka deixou de ser espetáculo. Passou a ser o contagem do tempo até à bomba rebentar.
Ficha de jogo:
BARCELONA: Valdés; Puyol, Mascherano e Piqué (Dani Alves, 26m); Busquets; Xavi e Iniesta; Fabregas (Keita, 74m), Alexis, Messi e Cuenca (Tello, 68m).
Suplentes: Pinto, Thiago Alcântara, Adriano e Pedro.
CHELSEA: Petr Cech; Ivanovic, Cahill (Bosingwa, 11m), John Terry e Ashley Cole; Raul Meireles, Obi Mikel e Lampard; Ramires, Drogba (Torres, 80m) e Juan Mata (Kalou, 58m).
Suplentes: Turnbull, Essien, Malouda e Sturridge.
GOLOS: Busquets (35m), Iniesta (43m), Ramires (45m) e Torres (90m)
Disciplina: cartão amarelo para Messi, Iniesta, Ramires, Lampard, Mkel e Raul Meireles. Cartão vermelho para Terry
O Chelsea de Di Matteo foi uma cópia do Inter de Mourinho: e o Barça cai pela segunda vez nas meias-finais da Champions em três anos. A maior diferença esteve no resultado, este Chelsea fez dois golos em Camp Nou, o Inter não conseguiu nem um. De resto sobraram muitas semelhanças.
O Chelsea ficou (tal como o Inter há dois anos) muito cedo reduzido a dez jogadores: John Terry fez uma asneira de todo o tamanho, agrediu Alexis com uma joelhada e viu o vermelho. Justamente fica fora da final de Munique. Com isso obrigou a equipa a jogar uma hora com menos um jogador.
Também por isso o Chelsea, como o Inter há dois anos, praticamente abdicou do ataque, colocando todos os jogadores num curto espaço de terreno, imediatamente à frente da grande área: dez atletas em duas linhas muito juntas e um avançado a fazer de lateral (Etoo no Inter, Drogba no Chelsea).
Depois sobraram heróis. Petr Cech, por exemplo. Defendeu tudo o que podia, numa exibição de mão cheia. Inesquecível, por exempo, a defesa muito perto do fim a desviar um remate de Messi para o poste. Mas houve mais: Drogba foi enorme e Ramires brilhou mais do que todos num golaço.
Raul Meireles foi também ele enorme, como todos os colegas, no sacrifício de defender sem parar e Bosingwa, que entrou para jogar a central, fez um jogo quase sem erros. Para Meireles, porém, a Champions acaba aqui: o amarelo aos 88 minutos retira-o do jogo mais desejado, em Munique.
Tiki-taka-tiki-taka... bum
O Barcelona entrou no jogo a atacar e a mandar uma bola às malhas laterais. Pouco depois Petr Cech roubou o golo a Fabregas. O Chelsea não rematava e justamente sofreu o primeiro golo: Busquets finalizou um centro de Daniel Alves. Pouco depois Messi lançou Iniesta, que fez o 2-0.
Pelo meio já John Terry tinha sido expulso por uma estupidez. O Barça, portanto, estava na frente e com a eliminatória na mão. Mas foi aí que surgiu Ramires: recebeu um lançamento de Lampard e só com Valdés pela frente fez-lhe um chapéu fantástico. Um golo lindo, no primeiro remate da equipa.
A segunda parte abriu com um penalty (duvidoso) para o Barça, que Messi desperdiçou: o argentino atirou à trave. O melhor do mundo desaparecia a seguir do jogo e confirmava que esta não é a época dele, nos dois jogos fundamentais do formação catalã esta época, Messi não conseguiu resolver.
Apesar de tudo, e mesmo sem jogar bem, o Barcelona continuou a sufocar o Chelsea. Cech manteve o sonho. No fim, já nos descontos, Fernando Torres fica para trás e aproveita o balanceamento do adversário para receber uma bola, correr longos metros e sentenciar a eliminatória marcando o 2-2.
Curiosamente o Chelsea elimina o Barça com três golos nos descontos: um em Londres, um na primeira parte de Camp Nou e outro na segunda. Este Barça pode ter encerrado um ciclo. Em dois jogos o tiki-taka deixou de ser espetáculo. Passou a ser o contagem do tempo até à bomba rebentar.
Ficha de jogo:
BARCELONA: Valdés; Puyol, Mascherano e Piqué (Dani Alves, 26m); Busquets; Xavi e Iniesta; Fabregas (Keita, 74m), Alexis, Messi e Cuenca (Tello, 68m).
Suplentes: Pinto, Thiago Alcântara, Adriano e Pedro.
CHELSEA: Petr Cech; Ivanovic, Cahill (Bosingwa, 11m), John Terry e Ashley Cole; Raul Meireles, Obi Mikel e Lampard; Ramires, Drogba (Torres, 80m) e Juan Mata (Kalou, 58m).
Suplentes: Turnbull, Essien, Malouda e Sturridge.
GOLOS: Busquets (35m), Iniesta (43m), Ramires (45m) e Torres (90m)
Disciplina: cartão amarelo para Messi, Iniesta, Ramires, Lampard, Mkel e Raul Meireles. Cartão vermelho para Terry
in Mais Futebol
E assim, uma lição como derrubar o poderoso Barcelona.
ResponderEliminarParticipe já na nova jornada de "Quem é o Puto?" em contra-ataque1.blogspot.com
Abraço
Olá, veja o texto que escrevi sobre a suposta "perda do encanto" do Barça http://futeboldebolso.com.br/oba-a-aula-acabou/ Abraço!
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